domingo, 19 de abril de 2015

19/04/2015 - Dedo Grosso - Serenata - Jacú-Açú - Rio Molha

Eu e o Maneca estávamos conversando esses dias sobre novos desafios de bike. Foi ai que ele me sugeriu o passeio no bosque que ele fez em 2011. Poxa já faz bastante tempo que esse carinha explora a nossa região. Dei uma lida na postagem e falei pra ele que eu queria fazer aquilo também. Para dar uma complementada no desafio incluí outro trajeto que a gente já vinha conversando há algum tempo, a Estrada Jacú-Açú em Massaranduba. Comecei a riscar o trajeto e para fechar com chave de ouro só faltava achar uma subidinha e um retorno que não passasse pelo mesmo lugar. Estava pronto, marquei para sábado esse belo pedal e convidei os Cães Sarnentos que estão ativos para fazer companhia. O Maneca aceitou logo de cara e o Cassiba sugeriu mudarmos para domingo. Não tem problema, quem me conhece sabe que sempre dou minha opinião, mas sou muito democrático e aceito mudanças para o bem comum. Acordei ás 4:30 hs para os preparativos, café, suplementos e ás 5:30 hs estava saindo de casa. O Cassiba pediu para eu esperar que ele iria atrasar. Ah tá, agora conta uma novidade.

Começou a chover, agora que o Cassiba não vem.

Com meia hora de atraso a lenda chega.
Assim que o Cassiba chegou seguimos pela rodovia do arroz sentido sul para encontrar o Maneca que já nos aguardava na ponte do Rio Pirai.


Feito o agrupamento seguimos viagem até o Bar Canarinho onde entramos na rua lateral sentido Dedo Grosso no interior de Joinville.



Nesse momento o dia amanhecia e já era possível apreciar as belas paisagens da região.



Chegamos no fim da linha, ou melhor, no início para nós. Cheguei a procurar uma estrada alternativa que ligasse a localidade o Dedo Grosso até Serenata em Guaramirim mas sem sucesso.




O jeito foi usar a mesma tática adotada pelo Maneca há 4 anos atrás: pedalar, empurrar ou carregar a bike nas costas por 3,5 km sobre os trilhos de trem. Andar sobre os trilhos já estamos acostumados, mas com uma bike a coisa fica diferente. Então botem a bunda no selim e façam alguma coisa seus cães sarnentos.




Chegamos na ponte que liga os municípios de Joinville e Guaramirim.




Não demorou muito para sentirmos os trilhos vibrarem e ouvirmos o som da locomotiva chegando. Droga, a gente estava em um lugar muito estreito e sem um lugar seguro para ficar. Corremos um pouco e nos acomodamos em um lugar um pouco mais aberto, mas mesmo assim bem próximo dos trilhos.

Lá vem o trem.




Após passar toda a composição seguimos viagem e logo já encontramos uma estradinha de chão que nos possibilitou sair dos trilhos. Perdemos muito tempo nesse trechinho.



Muita lama e poças nos aguardavam, mas estava bem melhor do que pedalar nos trilhos. O Maneca sempre atento já avistou uma goiabeira e seguimos fazendo um lanchinho.




Chegamos na localidade de Serenata e agora a gente precisa sair daqui e chegar na BR-280.





Enfrentamos mais estradinhas de chão e alguns morrinhos, logo chegamos na BR-280 antes da WEG Tintas.



Só atravessamos a BR e adentramos no bairro Corticeira. Pegamos um bom trecho de asfalto até o Rio Itapocu.




Pedalamos pelo asfalto ás margens do Rio Itapocu procurando uma ponte para a nossa passagem.




Estavam todos adorando o trajeto e chegamos próximo da BR-280 novamente. Nesse momento recebo merecidas salvas de palmas dos meus amigos pelo excelente trajeto que criei.


Achamos a bendita ponte e atravessamos para o outro lado. Pegamos estradas secundárias em meio à bananeiras e arrozeiras.









Passamos pela divisa de municípios em algum desses lugares, mas quando chegamos na SC-108 ficou a certeza de que já estávamos em Massaranduba.


Seguimos sentido sul um pouco até uma padaria e comprar água e isotônicos.



Do outro lado da rodovia, um restaurante fechado disponibilizava algumas mesas, bancos e estacionamento para as bikes. Era o que a gente precisava para o nosso lanche.


Abastecidos de comida, bebida e coragem, seguimos pela rodovia sentido norte por aproximadamente 1,5 kms até a Estrada Jacú-Açú.


Nessa estradinha as plantações de arroz predominam. Era possível ver parte do Morro Boa Vista mas o seu topo estava encoberto por nuvens.



Uma garoa fina nos acompanhou em vários trechos dessa região.




É hora de pensarmos em voltar para casa e para isso eu preparei um caminho bem bonito e legal: a Estrada Rio Molha que liga os municípios de Massaranduba e Jaraguá do Sul. O único problema que na verdade não é problema é que tem uma "subidinha".



Mal entramos na estrada e já começou a baixaria. Por essa rua iríamos contornar o Morro Boa Vista.




O bagulho é puxado. O Cassiba estava se poupando e o Maneca aproveitou para encher as garrafinhas de água em um riozinho.





Subimos mais um pouco e chegamos numa pequena gruta a beira da estrada.





Logo o Cassiba chegou e aproveitou para beber água direto da fonte.



Aqui a subida não para, já passava dos 350 metros de altitude e ainda tinha chão pela frente.


Aos poucos a paisagem foi se abrindo e revelando os morros a nossa volta. A garoa continuava e chegamos no ponto mais alto dessa estrada. Agora era só soltar os freios.





Descemos rápido mas era necessário se manter no lado certo da rua, o trânsito de veículos estava bem intenso. A descida estava boa e logo chegamos no asfalto.


No asfalto a descida continuava. Que legal, pena que não foi o bastante para a gente enjoar de tanto descer morro. Pegamos um trechinho de calçamento e saímos do lado da prefeitura de Jaraguá do Sul.


Fizemos mais um lanchinho bem rápido, sem direito a sentar e nada. Agora o foco era voltar para casa pois já tinha gente preocupado com o horário.



Passamos em frente a entrada do Morro das Antenas, ainda com muitas nuvens.



Esse trechinho até Guaramirim eu sei que o Nanico odeia, ele sempre deixa eu puxar aqui, coisa rara de acontecer em outros lugares. Por mim tudo bem, coloco um ritmo acima dos 30 km/h para passar bem rápido e ele sofrer menos. Chegamos em Guaramirim e descansamos alguns segundos nessa árvore que já virou ponto de parada.


O Cassiba passou e o ritmo seguiu frenético. Aqui as coisas mudam e eu volto pra rabeira.



Paramos no trevo de acesso ao Vila Nova para nos despedirmos no Maneca. Fica mais próximo pra ele voltar pela BR-280. Para eu e o Cassiba restou enfrentar a rodovia do arroz.



Tentamos imprimir um ritmo um pouco abaixo dos 30 km/h, afinal as pernas já sentiam os 90 km de pedal.



E a chuva chegou novamente.



Passamos em frente ao Bar Canarinho onde começamos tudo isso há algumas horas atrás.


O ritmo caiu um pouco, parecia que o combustível estava acabando. Tivemos que fazer mais uma parada na Igreja Cristo Rei para pegar água. Chegamos no bairro Vila Nova e me despedi do Cassiba, a lenda que ainda vive. Eu já estava em casa e o Cassiba seguiu pelo binário com destino ao Iririú.


Cheguei em casa com 109 km e a tempo para saborear o almoço que atrasou um pouco. Fiquei muito satisfeito com o pedal de hoje, principalmente pelos diferentes desafios que enfrentamos e lugares novos que exploramos. Quero agradecer a companhia do Maneca e Cassiba por me acompanhar e incentivar nessas aventuras e também a todos os leitores do blog. Muito obrigado.


Confira minha pedalada no Garmin:

Confira minha pedalada no Strava:

4 comentários:

  1. Não sei se o louco é tú que faz esses trajetos dr "Sofrencia" ou sou eu de te acompanhar!!! Hahaha faz o que né??? Sozinho não vou deixar vc ir e também preciso de histórias pra contar pros meus netos! Kkkk manda vim a próxima!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sempre tem um louco para sugerir as coisas e outro para acompanhar hahaha. Ainda não acredito na sua aposentadoria, temos que seguir o lema da ALL. Abraço.

      Excluir
  2. E tem gente que não gosta ... Estamos juntos ... aahahaha

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Isso mesmo Cassiba, sempre é bom um pedalzinho light desses e pensar que tem gente que não gosta. Espero que você possa nos acompanhar em mais trips lokas como essa. Abraço.

      Excluir