domingo, 25 de novembro de 2012

25/11/2012 - 6º Desafio Márcio May

Depois de muita expectativa e alguns meses de treinos, chegou o grande dia. Ouvia muitos comentário sobre o Desafio Márcio May de Rio do Sul mas nunca tinha participado. Então no sábado, coloquei a bike no carro e "me joguei" para Rio do Sul. Claro que eu gostaria de ir pedalando, mas como minha esposa tem um pouco de medo de dirigir tive que ir pilotando o carro mesmo rssss. Chegamos lá no final da tarde e logo o brilho do sol foi encoberto por nuvens escuras, só deu tempo de entrar no hotel com as malas e a bike, que o dilúvio chegou. Choveu forte por alguns minutos e logo a chuva deu uma trégua, tempo suficiente para pegar o kit atleta e dar uma volta na cidade, uma coisa me surpreendeu: a avenida central com três pistas, estacionamento nos dois lados e ciclovia com duas vias, realmente uma obra bem pensada antes de ser executada. Abaixo a Catedral onde deixei o carro.
Só o kit atleta já vale a inscrição, mas o bom mesmo é participar do desafio.
Todo participante corre "chipado" e depois todos os dados são transmitidos eletronicamente para um telão em tempo real. Uma hora depois da entrega dos troféus recebi um SMS com minha colocação e tempo. Organização não faltou.
No domingo pela manhã, me alimentei bem, mas o friozinho na barriga insistia em me incomodar. Era ansiedade e um pouco de apreensão quando soube que haviam 649 atletas inscritos.
O pessoal começou a alinhar e procurei minha categoria também, fiquei bem no começo para tentar evitar a muvuca. Lá encontrei o pessoal de Joinville: a Kátia Fortuna e o Márcio Franciski, também vi a Marines Ronchi que acho que foi só passear hehe, primeira vez que vejo ela sem a bike.

A largada foi neutralizada por 7 km, ou seja, durante esse percurso ninguém poderia passar os batedores, foi o momento mais tenso da prova. Quando eu ouvia "tachão", "tachão", a atenção aumentava e a velocidade diminuía, por duas vezes escutei ciclistas caindo, mas não olhava para trás, no máximo uma olhadinha rápida para o lado para não bater no outro competidor.
Durante a prova não levei a câmera, quem sabe depois compro algumas fotos caso valerem a pena. Mas falando da corrida, depois que os batedores saíram a galera disparou, foi difícil acompanhar a turma nos trechos planos. O velocímetro marcava média de 36 km/h até chegar a subida da serra. Um pouco antes o Cabelo passou por mim com sua bicicleta que mais parecia uma speed com guidão de MTB. Vi que ele estava indo melhor do que eu mas na subida da serra ele perdeu rendimento, então alcancei ele e tentei puxá-lo na base do incentivo. "Vamo lá Cabelooooo". E ele veio. Pegamos água, contornamos o cone e começamos a descer a serra. Dai em diante sabia que não ia conseguir acompanhar o Deivi, pois ele é cavalo doido mesmo e morro abaixo só o Maneca, para acompanhar esse louco. Até achei que desci bem, colocando 81 km/h.
Agora vejam quanto marcou o ciclocomputador do Deivi.
Foto: Deivi Ivan Schiochet
Não falei que ele é cavalo doido? Depois da descida via o Deivi mais a frente mas não conseguia alcançá-lo. Logo chegou outro ciclista e ficamos revezando no vácuo. Depois juntou mais um, mais outro, outro e mais uma. Isso mesmo, éramos 6 bikers revezando no vácuo e entre nós uma ciclista que também fez os 60 km. E assim seguimos até a reta final onde um competidor estava "passeando" e quase causou um acidente, atrapalhando o sprint da maioria do nosso pelotão.
Como atleta amador fixei um objetivo ao começar os meus treinos e também ao ver o resultado dos competidores do ano passado. Objetivo: chegar entre os 20 na categoria, entre os 100 no geral e fazer o tempo máximo de 2 horas e 10 minutos. Resultado: categoria: 20º, geral 88º, tempo: 1 hora, 57 minutos e 39 segundos, média de 30,7 km/h. Próximo ano o objetivo tem que mudar. Depois fui pegar minha medalha de participação, água, melancia e tirar fotos com os amigos. Abaixo: eu, Deivi e Luiz Fernando.
Estava lá também o Ory que ficou em 6º lugar na categoria dele e por frações de segundo não subiu ao pódio. Leiam também o desafio do Deivi no Diário de Ciclista.
Esse foi um ótimo final de semana. Para mim foi a hora de realmente avaliar os treinos. Nos próximos meses vou ficar só no cicloturismo, competição só no próximo ano. Infelizmente não vou poder ir no Audax 200K de Floripa mas no próximo eu vou. Quem sabe em 2013 fazer o Audax 1000K rsssss. Depois fomos para o hotel e pegar o caminho de casa. Foi tão rápido que não deu tempo para aproveitar as promoções dos patrocinadores e apoiadores.
Quero deixar meus agradecimentos a organização do evento e ao Márcio May por essa oportunidade. Vi que houveram acidentes, que não foram causados por culpa da organização, mas a equipe médica estava preparada para dar os primeiros socorros. Pena que no meio de tanta gente não consegui encontrar todos os conhecidos, mas fica meu abraço a todos. Muito obrigado também ao meu "paitrocinador" e a minha esposa, que apesar de não gostar muito dos meus treinos, mas ela gosta quando levo uma medalha para casa. Ela falou também para não colocar a foto dela aqui, mas vou colocar.
Pra ela andar de bicicleta só assim mesmo, mas vou tentar mudar isso. Vichiiii, agora eu apanho hehe.......

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

11/11/2012 - Pedal da Mari - De Timbó a Rio dos Cedros

Depois de uma competição de ciclismo realizada ontem, hoje decidi ir até Timbó-SC participar de um cicloturismo pela região. Acordei ás 5:00 hs e para minha surpresa o dia amanheceu com poucas nuvens e já fazia calor.
Não fui pedalando até lá, até porque não era esse o objetivo. A ideia era chegar lá descansado e guardar energia para enfrentar as longas subidas da região. Sai de casa e fui pedalando para chegar na Expoville onde iría transportar a bike, mas o Toniolo Gianvittorio já passou por mim na Marquês de Olinda e me deu uma carona.

Foto: Claudio Garcia Moreira
O dia logo amanheceu e os outros integrantes da van foram chegando, a viagem até Timbó levou aproximadamente 2 horas. Chegamos lá e recebemos as primeiras instruções sobre o pedal.
Aproximadamente 185 ciclistas saíram do CTG Galpão Amigo rumo a Rio dos Cedros-SC.
O sol estava muito forte e a temperatura só subindo. Nós ciclistas também subimos muito, morro acima. A paisagem tinha a presença da plantação de arroz e ao longe os morros que teríamos que subir.
A subida era bem íngreme, quase 600 metros acima do nível do mar em mais ou menos 7 quilômetros. Durante a subida resolvi dar uma parada para tirar umas fotos, mas não consegui soltar o clipe do pé esquerdo e fui para o chão. O taquinho da sapatilha afrouxou e não conseguia mais destravar, então virei o pedal e continuei usando o lado da plataforma do pedal. Primeira parada Capela de São Bernardo.
No pedal também encontrei os colegas de Joinville, Marquinhos da Orange Sport, Amanda e Samuel.
Foto: Samuel Rodrigues Lopes Sobrinho
Foto: Walmar
A subida até aqui não foi nada, o pior veio depois, muitas pessoas empurrando e parando para descansar. A temperatura era de aproximadamente 40ºC. Muitos aproveitaram para se refrescar nas cachoeiras. Inclusive o Samuel e a Amanda.
Foto: Samuel Rodrigues Lopes Sobrinho
Depois de tanta subida, alguns quilômetros de descida até chegar no Pesque-Pague Andreazza, onde um delicioso almoço já nos aguardava. Claro que não poderia faltar uma polenta.
Foto: Marcio Franciski
Descansamos embaixo das árvores apreciando a natureza. Subimos um mirante que tem bem perto desse restaurante e tivemos uma grande surpresa. Dali era possível avistar a cidade de Timbó e mais ao lado a cidade de Rio dos Cedros.
Foto: Claudio Garcia Moreira
Foto: Walmar
A volta foi pelo mesmo caminho, ou seja, só descida. Quando a descida terminou pegamos outro caminho, que foi alterado pelo pessoal da organização para não sofrermos tanto no sol. Chegamos novamente no CTG Galpão Amigo muito cansados, alguns tomaram banho, outros só trocaram de roupa. Foi um pedal muito cansativo e ao mesmo tempo muito gratificante com distância de 44 km. Depois reunimos a turma novamente na van e fomos comer e beber no Tapyoca em Timbó.
Foto: Dalton Volles
Após todos satisfeitos, voltamos para Joinville, o dia foi longo e enquanto descansávamos na van as imagens do evento passavam pelos nossos pensamentos. Muito obrigado pela companhia de todos. Como a minha máquina fotográfica ficou sem bateria, peguei algumas fotos dos meus colegas para completar o blog. Espero que eu tenha dado os créditos corretamente, senão me avisem que eu corrijo. Abaixo o gráfico de altimetria do percurso.

sábado, 10 de novembro de 2012

10/11/2012 - Ciclismo do Trabalhador SESI

Após duas semanas de adiamento dessa prova, enfim realizou-se hoje o Ciclismo do Trabalhador SESI 2012. É a primeira vez que participo de uma prova de ciclismo realizada pelo SESI e fiquei surpreso com a dedicação que os organizadores deram a essa prova. Infelizmente, poucos atletas e pessoas da comunidade compareceram. Com tantos grupos de pedais que temos na cidade a adesão ao evento de ciclismo foi bem abaixo da minha expectativa. Para os organizadores estava bom. Depois vou ouvir muitos ciclistas reclamando que ninguém investe no ciclismo, que temos poucas ciclovias, que temos poucos eventos de ciclismo na cidade e que não temos uma pista. Esses eventos refletem nas nossas reivindicações, mostram a força da nossa modalidade.


Eu estava procurando o Maneca e o Deivi, eles falaram que iriam participar, mas acabei encontrando o Cassiba. Encontrei também outras pessoas como o Alexandre, que me reconheceu através do Facebook e do blog, e o Gilberto da Bike Ville.
O evento aconteceu no Perini Business Park e estava dividido em várias categorias, até as crianças tiveram oportunidade de demonstrar suas habilidades.
Na categoria industriário, todo mundo correu junto, ou seja, não teve distinção entre MTB e speed, o que gerou uma certa revolta de alguns participantes que foram com pneus garrudos, né Cassiba?
Foi dada a largada e o Cassiba se manteve bem no pelotão da frente por algumas voltas. Mas competir com speed não é fácil né. Mesmo assim o Cassiba ficou em 5º, atrás de apenas uma MTB.

Como não trabalho mais na indústria, corri na categoria Open, nessa categoria, aberta á comunidade, corria speed e MTB juntas, mas a classificação era separada.
Tentei acompanhar o pessoal do primeiro pelotão, mas isso não durou mais do que uma volta, então me tornei um competidor desgarrado, pedalando sozinho. Até que chegou uma speed e assim conseguimos pedalar até o final no revezamento do vácuo, principalmente na reta de chegada onde o vento contra era intenso.
Após 40 minutos de prova cheguei muito cansado com a média de 32,2 km/h e máxima de 43,7 km/h.

Com esse tempo conquistei a 3ª colocação na categoria MTB.
Quero deixar aqui meu agradecimento aos organizadores e patrocinadores e que eventos como esse sejam uma opção para os atletas amadores da região, como eu. Abraço.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

04/11/2012 - Subida da Estrada Rio do Júlio (Rio do Júlio ao Contrário)

Há tempo não fazia uma aventura de bike. Na semana passada era para ter o Ciclismo do Trabalhador, mas o evento foi adiado para 10/11. E quase ia passando mais um final de semana "em branco", quando no sábado a noite decidi que iria sair com a magrela. Coloquei o celular para despertar ás 4:30 hs da matina de domingo. Acordei e dei uma olhadinha no tempo pela janela, não parecia muito animador. Voltei para baixo da coberta e o cansaço falou mais alto. Quando acordei vi um dia muito bonito e quente, bateu um arrependimento, mas também estava feliz por ter dormido mais um pouco. Decidi então sair ás 13:00 hs mas ainda não sabia pra onde. Queria ir para um lugar onde tem rios, árvores e estrada de chão, sair do calor do asfalto, mas ao mesmo tempo que fosse perto para não chegar muito tarde em casa. Pensei em ir para o Rio do Júlio, mas de novo? Já conheço aquela estrada e gostaria de fazer um pedal diferente, mas nunca tinha feito ao contrário, ou seja, subindo por Schroeder. Estava pronto o meu roteiro. Saí de casa ás 13:00 hs conforme planejado, atravessei o distrito industrial e cheguei no Vila Nova, para aquecer um pouco a perna resolvi dar uma volta na Estrada Piraí. As margens do Rio Piraí estavam lotadas, muitas famílias resolveram se refrescar nessas águas hoje.
Depois, segui pela Estrada Blumenau até Duas Mamas...
...mas antes passei pela ponte coberta do Rio Piraí, onde encontrei mais pessoas se banhando.
Uma foto antes de começar a subidinha Duas Mamas.
É lógico que eu pretendia subir tudo pedalando, porém é nesses momentos que a gente descobre alguns problemas no equipamento. Para fazer essa aventura, troquei os pneus slick pelos pneus com cravos, então o câmbio dianteiro encostava no pneu quando eu precisava usar a primeira marcha na frente. A solução era usar só a coroa do meio nas subidas, dai não dá né, tive que empurrar em alguns trechos.
Cheguei no topo Duas Mamas e fiz um breve lanche. Eu estava um pouco preocupado com essa situação do câmbio e ficava pensando como iria subir o Rio do Júlio assim. Deixei para pensar nisso depois e desci a serrinha, o calor aumentava e ás vezes vinha uma sensação de vento quente, um bafo mesmo.
Passei pelo Posto Mime e alguns quilômetros depois já avistava as placas indicando o caminho.

Segui pela estrada de chão, que estava extremamente seca, ao som das águas do Rio Manso até a entrada da Estrada Rio do Júlio. Logo no início da subida tinha a visão da cidade de Schroeder que já ia ficando para trás.
Em muitos momentos desci da bike para empurrar, principalmente nas curvas muito inclinadas e de pedras soltas. Mas a maioria do trajeto fiz pedalando, apesar da dificuldade da troca de marchas.
Um pouco mais alto, consegui ter a última visão de Schroeder.
Confesso que fazer o percurso inverso confunde um pouco a cabeça. A cada curva eu ficava esperando chegar no rio que passa pela estrada, acho que é o Rio Macaquinho. E depois de tanto pedalar, empurrar e criar expectativa, ouvi o barulho de água e avistei o rio.

Já ia esquecendo de comentar, mas a Estrada Rio do Júlio também estava bastante movimentada nesse domingo a tarde.
Fazendo o percurso ao contrário é possível perceber rios e paisagens que não havia percebido das outras vezes, pois esses 11 km sempre passava descendo rápido e geralmente quando estou descendo não costumo parar muito.
Um dos rios que eu não prestei muita atenção das outras vezes, dessa vez resolvi fazer um pequeno vídeo. Se não me engano esse é o Rio Macaco.
O mesmo rio um pouco mais acima.
Cheguei na clareira onde marca o início da descida, no meu caso o fim da subida, mas ainda tem outras subidas pela frente, mas são trechos curtos, não são 11 km. Agora é soltar os freios e ir até o Hotel Vale das Hortências.
Na represa do Rio do Júlio resolvi descansar um pouco e fazer mais um lanche.
Apesar do sol ainda estar forte, senti o ar mais frio, não sentia mais aquele bafo quente. Na comunidade, não subi até a igreja, registrei a passagem tirando uma foto da estrada mesmo.
Pensei que nessa época as hortências estariam mais floridas, pois quando isso acontece o passeio fica ainda mais bonito.
Até a SC-301 ainda tem muito sobe e desce, tive que empurrar mais uma vez, e a medida que eu ia me aproximando da rodovia, o vento ia ficando mais frio. Cheguei na SC-301, com o tempo frio e nublado, ainda bem que não choveu, por pouco.
Segui pela SC-301, agora era asfalto até em casa, antes de descer a serra parei para tomar um caldo de cana e depois uma paradinha no mirante.
Não demorei muito, pois meu cronograma de chegar em casa antes do anoitecer estava estourando. Vim pela rua Dona Francisca até no distrito industrial e ás 20:15 hs estava em casa com 119,80 km rodados. Na próxima semana: Ciclismo do Trabalhador e Pedal da Mari, bora mexer essas pernas. Abraço.