sábado, 29 de março de 2014

29/03/2014 - Rio Vermelho e Rio Natal

Esse final de semana era para fazer o pedal até a estrada da Graciosa, mas como a mesma está interditada resolvemos aceitar a sugestão do Cabelo e conhecer a região de Rio Vermelho no interior de São Bento do Sul. Na noite anterior coloquei o celular para despertar ás 3:40 hs mas esqueci de desligar a programação do despertador que está habilitado para despertar de segunda a sexta. O resultado dessa falta de atenção aconteceu ás 5:15 hs quando o Maneca me ligou fazendo-me despertar do meu sono profundo. Num primeiro momento falei que não iria, pois atrasaria todo o cronograma e eles ficariam esperando por muito tempo. Logo depois o Maneca liga de novo e falou que iriam me esperar no mirante da Dona Chica. Minha esposa acordou também e me ajudou a fazer um café. Quando estava tudo pronto fui pegar a bike percebi o pneu traseiro furado. O que mais falta acontecer? Troquei a câmara em cinco minutos, nunca fiz isso tão rápido, e parti para uma "corrida de recuperação" no meio de uma forte neblina.



Como era para ser um passeio de cicloturismo, resolvi não usar mochila e levar uma pequena bolsa no bagageiro o que fez aliviar bastante o peso e o calor nas costas.


Os pneus de trator que coloquei não rodam muito bem no asfalto, mesmo assim estava dando uma boa puxada para não deixar meus amigos esperando. Na placa de 500 m para o mirante comecei a apitar e logo já ouvi o retorno do Maneca, estavam me esperando (o que não é muito comum rssss). Mesmo sendo passeio o costume de cronometrar o tempo de subida já é um vício e cheguei no mirante em 29:30 minutos.



Abastecemos as caramanholas e seguimos empurrando um trecho para descansar um pouco e colocar o papo em dia.



Na última curva da subida uma triste visão nos faz refletir sobre os perigos que a gente passa nessas rodovias. Tomara que ninguém tenha se machucado.



Depois do Hotel Fazenda Dona Francisca tem o sobe e desce do alto da serra e a temperatura mais baixa para refrescar o calor que fez durante a subida.



Ás 8:30 hs chegamos na divisa dos municípios e mais a frente passamos pela polícia rodoviária.



Resultado das péssimas rodovias e imprudência dos motoristas.
Chegamos no centro de Campo Alegre fizemos uma paradinha na prefeitura.





Eu e o Maneca queríamos fazer uma parada um pouco mais longa ali, mas o Cabelo falou que o cronograma estava atrasado e que a gente iria parar só depois. Enquanto eu ajeitava as últimas coisas o Maneca foi pegar água e o Cabelo saiu pedalando em direção a estrada do Rio Manso. A gente achava que ele iria dar uma volta ou procurar um lugar para dar uma aliviada, mas quando percebemos ele tinha sumido. Então pensamos que ele poderia ter pego a estrada pela rua de cima, mas tem uma subida que achamos desnecessário enfrenta-la e passamos pela rua de baixo.


Começamos a pedalar forte na esperança de alcançar o Cabelo, as primeiras subidas são de cascalhos e bem íngremes.


Passaram dois ciclistas por nós e perguntamos se eles haviam visto mais alguém pedalando a frente. Eles disseram que não e aproveitamos que ainda tinha área de celular e ligamos para o Cabelo. Ele atendeu e falou que já estava vindo.



Ficamos esperando. Eu aproveitei para fazer o lanche que foi proibido anteriormente. Depois de uns trinta minutos o Cabelo aparece falando que estava esperando a gente também. Depois de resolvido o desencontro seguimos juntos pelo interior de São Bento do Sul.



Chegamos na pequena comunidade de Rio Vermelho. Da estrada onde passamos era possível avistar a igreja no alto de um morro.

Foto: Cristiano - Studio 25
Foi uma passagem muito rápida e assim que pegamos a estrada de chão já nos deparamos com o portal para a estrada de Rio Natal.



Esse trecho foi bem complicado pois a patrola tinha passado na estrada fazia alguns minutos. A terra estava fofa e as pedras soltas.

Capela Nossa Senhora das Graças
Nessa estrada cruzamos por várias vezes a linha ferroviária. O Maneca não se cansava de nos lembrar que ele já caminhou sobre esses trilhos com o Cassiba.


Em uma dessas travessias a descida da estrada é bem louca e logo a frente tem uma passagem de nível onde é possível realizar belos saltos de bike (pra quem tem coragem). O Maneca tentou mas devido ao risco de queda ele foi cauteloso.


Continuamos a descida, sempre muito perigosa, as pontas das pedras eram super afiadas, os meus pneus chegaram em casa com vários pequenos cortes. Um tombo nessa estrada não ia ser muito bom.



O Maneca estava procurando um dos vários túneis que tem nesse trecho de ferrovia.


Antes de achar o túnel, achamos a Igreja Rio Natal.


Logo depois encontramos o pessoal fazendo manutenção na ferrovia e há alguns metros dali estava o túnel, levamos as bikes junto e fizemos nosso registro de passagem.


Continuamos a descida que parecia não ter fim.





Quando chegamos em Corupá compramos água e comida em uma padaria e fomos fazer nosso lanche na estação ferroviária de Corupá.



Lá encontramos o Albano, esse "vasquiano" (como a companheira dele falava) muito gente boa. Saímos em direção a Santa Luzia, mas antes era preciso atravessar a serrinha de Ribeirão Grande do Norte.



Chegando em Santa Luzia nosso próximo destino era Schroeder, uma paradinha rápida no posto e partimos para enfrentar a serrinha Canivete em Duas Mamas, dai chega de serra por hoje.


Antes de subir eu e o Maneca fizemos uma parada de uns dois minutos, o sol estava forte e o cansaço também. O Cabelo continuou e ficou esperando a gente lá em cima. Descemos e paramos na cachoeira para pegar mais água e fazer umas fotos.


Cabelo para de brincar e faz pose para a foto.
Pedalamos até a rodovia do arroz e na ponte sobre o rio Piraí me despedi dos meus amigos. Cheguei em casa com pouco mais de 157 km rodados em 8:49 hs, mas foi um trecho com muita subida e de descidas difíceis por isso estava exausto.


Para esse pedal quero fazer um agradecimento especial a minha esposa que me ajudou a sair de casa o mais rápido possível para fazer o que gosto. Ao Maneca e Cabelo que me esperaram e me acompanharam nessa aventura. Ao Flavio que nos enviou o trajeto do GPS e foi de grande utilidade. Abraços.


domingo, 23 de março de 2014

23/03/2014 - Audax 200 Km - Joinville - SC

Nesse domingo aconteceu pela primeira vez em Joinville uma etapa do Audax promovida pelo Audax Floripa. O Audax é uma prova de regularidade onde é preciso passar por postos de controle e completar a prova em um determinado tempo. Por isso não é considerada uma competição e sim um desafio de superação. Fazia dois anos que eu havia feito meu primeiro Audax em Balneário Camboriú e foi bem sofrido. Esse ano pretendo fazer a série até o 600 Km ou vamos ver até onde dá para ir. Voltando a falar do Audax em Joinville, na noite anterior fui no congresso técnico onde recebemos informações e explicações sobre o trajeto e o procedimento da prova, além de sorteio de brindes. No domingo ás 5:00 hs da manhã eu já estava chegando no Centreventos Caul Hansen para o check-in e depois fiquei esperando a largada com o Maneca, Jean e o Luiz Fernando.




A ansiedade já tomava conta e antes da largada fizemos um minuto de silêncio em homenagem ao ciclista Egon Koerner que sofreu um acidente fatal no estado do Paraná durante uma prova de regularidade. Depois foi dada a largada e seguimos sentido zona sul pela rua Santa Catarina.




O dia já estava amanhecendo e os pelotões iam se formando. Fomos até o eixo de acesso sul e entramos na BR-101 sentido sul. Entramos na BR-280 e seguimos sentido Jaraguá do Sul. Passei por muitos ciclistas trocando pneus. Depois de uma ponte estreita alguns ciclistas resolveram dar uma puxada e outros diminuíram um pouco o ritmo e eu acabei ficando sozinho.


Tentando pegar as manhas do Cabelo para as fotos.
Em Guaramirim acessei a rodovia SC-108, mais conhecida como rodovia do arroz e segui em direção a Joinville, mas antes era preciso carimbar o passaporte no PC 1 que ficava no posto de combustível. Cheguei no PC ás 7:20 hs, comi algumas frutas e peguei água. Reencontrei os cães sarnentos e vi também o Cassiba. O pessoal estava se amarrando para sair dali então eu e o Cassiba resolvemos pegar a estrada rumo ao PC 2.






A nossa pedalada estava rendendo bem, logo encontramos outros ciclistas, passamos em frente de casa e seguimos pela rodovia do arroz até a BR-101.


Esse pequeno trecho na BR-101 demos outra puxada e em Pirabeiraba entramos na SC-418. O desafio agora era pedalar até o mirante da serra Dona Francisca onde ficava o PC 2.




A subida da serra foi dura, talvez eu tenha forçado demais no trecho plano, além disso tive que fazer uma parada de emergência antes de chegar no mirante, mas deu tudo certo e ás 9:39 hs cheguei no PC 2.




A vista da serra estava incrível, mas eu tinha que continuar minha jornada, fiquei uns 20 minutos ali e desci com cautela. Desse momento até o final da prova pedalei sozinho, não conseguia alcançar ninguém. Cheguei na BR-101 e pedalei um trecho curto sentido norte até entrar no bairro Rio Bonito.


Sai novamente na BR-101 e entrei na SC-417 atravessando a cidade de Garuva.




Durante o trajeto encontrei o Maneca retornando.


O objetivo agora era chegar até a SC-416, a rodovia nova que dá acesso a praia e ao porto de Itapoá, e pedalar por 5 km, onde teria um fiscal registrando a passagem dos ciclistas e água, segundo a organização. Quando eu estava quase chegando no local do retorno passaram dois ciclistas por mim no sentido contrário gritando: "abandona, não tem nada pra lá, pedalamos por 30 km e não achamos ninguém". Achei muito estranho eles não terem visto nada, estava quase voltando quando encontrei outros dois ciclistas também procurando o tal retorno. Pedalamos por alguns metros e encontramos o ponto de retorno, realmente não havia ninguém lá, apenas registramos nossa passagem e voltamos.


Eu estava sonhando com essa água, não aguentava mais ficar tomando suplemento, na saída de Garuva parei no posto e comprei uma água. Peguei a BR-101 retornando para Joinville. Vi uma bike caída no acostamento e um ciclista sendo atendido do outro lado da rodovia, não sei o que aconteceu. Entrei na Estrada Bonita e segui até o PC 3.



Cheguei no PC 3 ás 13:40 hs.


Nesse PC não demorei muito, a vontade de chegar logo era maior. Atravessei a passarela conforme o trajeto e voltei pela Estrada do Oeste, Estrada da Fazenda e Estrada da Ilha, caminho da roça para a maioria dos ciclistas.



Depois foi só seguir pela ruas principais da zona norte de Joinville e enfim completar o objetivo em 9:00 hs de pedal. Foi bem puxado, tentei ir no meu limite e deu tudo certo. Sentei um pouco e o Maneca ainda estava lá com o Cassiba. O Cabelo e a Talita apareceram para prestigiarem o evento e também passear com a Flora.

Foto: TrilhasBR


Que venham os 300 km, 400 km e quem sabe os 600 km. Abraços.


Confira minha pedalada no Garmin:

Confira minha pedalada no Strava: