Foto: TrilhasBR
Aproximadamente ás 6:30 hs foi dado início ao Audax 200 e Dasafio 100. A saída foi no campus da Univali em Balneário Camboriú. No trajeto inicial, seguimos um carro madrinha que puxou o pelotão de ciclistas até a Avenida do Estado. Como eram muitos ciclistas eu e o Alexandre nos afastamos um pouco dos outros colegas.
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Na lista de confirmados eram 158 ciclistas participando do Audax 200 e 98 ciclistas participando do Desafio 100. Passamos por toda a beira mar de Balneário Camboriú e subimos a Avenida do Estado em direção á Praia Brava quando começou a amanhecer o dia.
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Quando chegamos em Itajaí o grupo começou a se dispersar formando vários pequenos grupos de 3 a 6 ciclistas.
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Em Itajaí pedalei com o Alexandre, o Carlos e um amigo do Carlos. Passamos pelo Porto de Itajaí e seguimos em direção á BR-101.Atravessamos a BR-101 e seguimos pela SC-470 em direção á Ilhota.
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A nossa direita começaram a aparecer longas pastagens e algumas plantações.O sol ainda estava tímido mas seus raios já refletiam sobre o Rio Itajaí.
Com mais ou menos 55 km pedalados chegamos em Ilhota no primeiro posto de controle (PC1) e carimbamos nosso passaporte com tempo de sobra. Para minha surpresa havia pão com doce de leite, frutas e água á vontade, além disso todo o percurso estava muito bem sinalizado.
Nessa parada reencontramos o pessoal e todos ainda estavam muito empolgados. Alguns aproveitaram para fazer alongamentos.
Saímos juntos em direção á Gaspar. Agora o grupo ficou grande: eu, Marcelo, Marcio, Fernando, Moisés, Alexandre e a Patrícia que conhecemos nesse pedal.
Chegamos em Gaspar mas isso não significava muita coisa, o nosso objetivo é chegar no PC2 que ficava em Brusque. Seguimos para lá via SC-411.
Já em Brusque fomos pedalando na beira do Rio Itajaí-Mirim.
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Passamos pelo centro de Brusque, porém o PC2 ficava mais no interior da cidade, na região de Águas Claras. Fizemos o contorno no trevo e passamos por baixo do viaduto.
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Nesse percurso tem um trecho de ciclovia, mas depois começou o calçamento e daí não tem suspensão que alivie a vibração dos pneus 1.50 com 80 psi.
Depois de 100 km rodados chegamos no PC2. Não sei se era sede ou fome, mas a tangerina estava uma delícia, comi três.
Saímos juntos do PC2 mas a alegria durou pouco, acabou a brincadeira, começaram as subidas e como cada um tem um ritmo diferente para subir, o grupo se dispersou novamente. Seguimos em direção á Nova Trento e pedalei alguns quilômetros com o Marcelo e o Márcio.
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Nesse momento estava em um ritmo bom e se eu parasse as caimbras incomodavam. Então desse ponto em diante pedalei sozinho.
O PC3 ficava no mesmo local do PC2, porém era necessário fazer essa volta por Nova Trento e São João Batista e depois retornar para Brusque.
Foram longas subidas e depois uma boa descida para descansar um pouco as pernas. O que não foi legal novamente foi o longo trecho de calçamento dentro da cidade de Nova Trento, mas faz parte do desafio e se eu não quisesse desafios pedalava na bicicleta ergométrica.
Deixei a cidade de Nova Trento rumo á São João Batista. O trajeto ficou um pouco mais plano com subidas e descidas leves.
Em São João Batista sai da SC-411 e peguei a SC-408 para retornar para Brusque e pegar meu último carimbo.
Daqui em diante começaram muitas subidas longas, as pernas estavam cansadas e comecei a sentir um pouco de dor nas costas, tentava não olhar para frente, apenas olhava o pneu dianteiro girando. A estrada era perigosa e sem acostamento. Passei por alguns ciclistas empurrando as bikes e muitos remendando pneus furados. A empolgação acabou e parei de tirar fotos, cheguei no PC3, não fiquei lá cinco minutos e já comecei a pedalar novamente. Só pensava em terminar a prova. Passei por Brusque novamente e peguei a BR-486.
Agora eu não sentia mais as pernas, elas simplesmente se mexiam sozinhas, a dificuldade agora era psicológica, eu estava sozinho, cansado e com fome, acho que não era fome mas não queria mais comer barrinha de cereal e fruta. Começou um vento contra forte, muitos começaram a passar por mim, eu forçava os pedais mas o velocímetro não passava de 17 km/h. Cheguei em Itajaí e tive que parar uns 10 minutos, aquilo renovou um pouco e deu força para subir a Avenida do Estado e chegar em Balneário Camboriú depois de 11 horas e 44 minutos da largada e percorridos 202,74 km.
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Até que enfim terminou e recebi o tão esperado certificado de conclusão da prova.
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Esse foi um domingo muito diferente. Isso é diferente de competição e de cicloturismo, eu considero uma prova de regularidade onde mexe com a parte física e psicológica do ciclista. Muito obrigado pela companhia de todos os colegas de pedalada e pelas novas amizades que a gente sempre faz nesses eventos. Parabéns a todos. Agora estamos "habilitados" a fazer o Audax 300 ainda esse ano.
Abaixo o trajeto, início em azul, verde, amarelo e vermelho fim.