domingo, 8 de julho de 2018

08/07/2018 - 3ª Etapa do Campeonato Catarinense de Corrida de Aventura

A corrida de aventura é bem diferente das outras modalidades de competição, pois não há uma regra cronológica definida. O tempo e a sequencia de cada modalidade dentro da etapa pode ser alterada horas antes da largada. Ás vezes será necessário fazer mais de uma vez a transição para a mesma modalidade, exemplo: remar, correr, pedalar, correr, remar e pedalar. Ou seja, vai da imaginação e condições do organizador. Nessa etapa não tivemos muitas transições, mas o organizador caprichou nos trechos de remada, pedalada e corrida. Viajamos para Lontras no sábado a tarde e chegamos na concentração do evento horas antes da largada. Tempo suficiente para descansar um pouco (mentira) e preparar tudo com bastante calma.


Bikes prontas, foi hora de levarmos elas em comboio até o ponto de transição.


Voltamos para a pousada, jantamos e conversamos sobre como seria o andamento da prova. Dessa vez a Cristina não pode vir, então o Cleomar convidou a Luiza para compor nossa equipe. Na pousada fazia frio e começamos a preparar os mapas para a aventura. Infelizmente nessa etapa tirei poucas fotos, pois não achei um lugar adequado e de fácil acesso para levar a câmera.


Depois de tudo pronto foi hora de pegar o buzão para ir até Ituporanga, onde largaríamos remando rio abaixo.


Ouvimos as últimas instruções. Dada a largada, saímos correndo carregando os botes no meio da rua às 00:00 hs.


A serração estava baixa e ficou mais densa quando entramos no rio. As lanternas mais atrapalhavam do que ajudavam, então o jeito foi ir no escuro, era menos pior. Perdemos um pouco de tempo na remada pela falta de prática no leme, mas estamos melhorando a cada etapa. Algumas corredeiras e vultos nos assustavam ás vezes. Com pouco mais de duas horas saímos do rio e pegamos as bikes.

Molhados no frio da madrugada, esse início de pedalada foi sofrido. Mas logo depois aquecemos e resolvemos botar ordem na modalidade onde fazemos a diferença. A região era virada em morros, um sobe e desce que não terminava. Quando a Luiza se cansava a gente dava um empurrãozinho e assim ninguém ficava para trás. Estávamos indo bem, até aparecer uma fazenda no meio do nosso caminho. Por vários minutos ficamos procurando uma passagem junto com outras equipes. Sem achar o caminho resolvemos atravessar pelo pasto e tivemos que passar por um atoleiro que a sapatilha ficou irreconhecível. Chegamos na pousada por volta das 6:30 hs da manhã, o sol já iluminava o topo das montanhas e nós largamos as bikes e fomos para o trecho de trekking.

Fizemos algumas tarefas próximo a pousada e logo depois começamos a subir a montanha. O lugar era íngreme, perigoso e bonito. Saímos do mato e começamos a correr por estradas em campo aberto. O clima esquentou e tínhamos poucas paradas para alimentação. Tudo era feito na correria. Caminhamos por vários minutos junto com outra equipe e resolvemos sair da zona de conforto para ganhar algumas posições. Passamos algumas equipes e fomos ultrapassados por outras. Eu não aguentava mais correr e a Luiza botou um ritmo de corrida forte que judiava dos meus joelhos. O Everton também conseguia disfarçar muito bem, mas eu e o Cleomar estávamos na "capa da gaita". Nos últimos dois quilômetros começamos a disputar a posição com outra equipe e não sei da onde encontrei forças para acompanhar a minha equipe e chegar correndo morro acima na pousada.


Assim depois de 12 horas de prova garantimos a 5ª colocação dentre as 10 equipes presentes nessa categoria. Aproveitamos para tomar um banho de rio com água gelada e depois saboreamos uma bela feijoada.


Quero agradecer a minha equipe pela força. Estávamos sintonizados e focados no objetivo durante todo o tempo. Muito obrigado mesmo e até a próxima etapa.