domingo, 25 de dezembro de 2016

25/12/2016 - Me rendi à 29er

Depois de anos pedalando com uma bike aro 26", resolvi montar minha nova bike aro 29". Foram anos de leituras de artigos, comentários e dúvidas. No início eu achava que era puro modismo, ou algo novo lançado pela indústria para vender mais bicicletas. Mas quando percebi, era o único da turma que ainda pedalava uma 26er, então me rendi à essa nova moda, as bikes 29er. Para não gastar muito, vendi quadro, suspensão e rodas e adquiri outros no novo tamanho. Detalhe: eu nuca tinha pedalado uma 29er. Minha nova bike já tinha ficado pronta há dias, mas essa correria de véspera de natal não deixou eu testá-la. Hoje dia de natal, consegui tirar um tempinho e me joguei pelas estradas aqui perto de casa para estrear minha nova bike Sense e o uniforme do Pedal Full.


Senti a diferença de pilotagem logo no começo. Achei ela pesada e pouco ágil, principalmente para desviar de buracos. Mas gostei ao passar por aquelas "costelinhas" na estrada. Acho que mais alguns quilômetros e já vou me adaptar melhor. Resolvi subir a serrinha Alpina, não gostei, despois desci e gostei. Fui até o final da Estrada Blumenau. Achei cedo para voltar para casa e resolvi dar um pulinho até Guaramirim. Fui pela rodovia do arroz e entrei na estrada de calçamento em direção ao bairro Caixa d'Água. Minha intenção era chegar no bairro Serenata e chegar novamente na rodovia do arroz.


Acabei me perdendo, mas continuei pela estrada. Quando percebi, estava no meio de plantações de arroz, sem estrada, sem ninguém, somente os trilhos passavam ao meu lado. Reconheci aquela região, já tinha vindo de Dedo Grosso até Serenata por trilhos (de pé e de bicicleta). Agora me restava fazer o caminho inverso. Mas é muito sofrimento, são 3,5km pedalando sobre os dormentes, e nem sempre dá para pedalar. No meio do nada, sem uma estrada, uma casa, nada, nada mesmo, só mato.


Fui pedalando os trechos onde isso era possível, e depois andando sobre os dormentes empurrando a bike. Levei 25 minutos para percorrer 3,5km de trilhos. Ainda bem que o trem não veio, senão a demora seria maior. Cheguei em Dedo Grosso e logo depois no asfalto da rodovia do arroz. Acessei novamente a estrada Blumenau para ir mais tranquilo para casa. Foi muito punk para o primeiro dia.


Acho que essa bike ainda vai ficar boa. Ela é bem mais pesada que a minha anterior, mas já gostei dela. Agora é esperar os novos desafios e ver como ela se sai. Também estou na espera da minha nova bike speed, já que a anterior quebrou o quadro. Assim foi meu primeiro dia de 29er, dia de estreias e aprendizados. Abraços.

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domingo, 27 de novembro de 2016

27/11/2016 - 10º Desafio Márcio May

Pelo quinto ano consecutivo estou novamente em Rio do Sul, agora para o 10º Desafio Márcio May de Ciclismo de Estrada e Mountain Bike. A ideia de fazer de speed esse ano foi abandonada, visto que não tenho o preparo para tentar uma boa colocação nessa modalidade. Já na MTB com um pouco mais de treino consigo andar com o pelotão da frente. Como estou muito focado nos treinos e na competição, as fotos ficaram em segundo plano, falando a verdade tirei poucas fotos.

No dia anterior eu e o Flavio chegamos na casa da Dona Teresa, mãe do Pelinha, almoçamos e saímos para pegar nossos kits. Fomos assistir a irmã do Pelinha dando aula de zumba ali perto e depois já começamos a providenciar a janta. Dormimos bem, o Flavio nem tanto. De manhã cedo o Fabiano e o Ernandes chegaram para a prova.


Fomos até o local da prova, começou aquele momento de tensão e logo foi dada a largada. Até o pé da serra o pelotão segue "neutralizado", mesmo assim dá uns pegas. Assim que começou a subida passei pelo Flavio e o Ernandes, fiz o retorno e comecei uma descida alucinante.

Não consegui alcançar o pelotão da frente, fiquei sozinho e logo um pequeno pelotão me alcançou. Mas os caras não sabiam trabalhar direito, faziam o revezamento errado, não queriam revezar e reduziam o ritmo quanto iam pra frente. Isso fez outro pelotão mais organizado nos alcançarem, o Ernandes estava nele. Há alguns quilômetros da chegada tentei escapar, mas não consegui manter o ritmo e o pelotão me alcançou novamente.

Esse ano a chegada era um pouco diferente com duas curvas muito próximas. Fui jogado para as grades e tive que frear para não bater. Não fui muito bem no sprint e terminei a prova na 12ª colocação na categoria.


Assim foi mais uma prova do Márcio May aqui em Rio do Sul. Até a próxima.

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domingo, 23 de outubro de 2016

23/10/2016 - Prova de Ciclismo Subida do Mirante

Esse mês a FCC (Federação Catarinense de Ciclismo) resolveu promover uma prova extra de ciclismo de estrada, tendo como desafio a chegada ao alto no Mirante do Boa Vista. A prova consistia pedalar pelo circuito da avenida Beira Rio durante uma hora e depois seria liberada a pista para subir o mirante. O dia amanheceu chuvoso, mas isso não desanimou os ciclistas da região. Comecei a encontrar alguns colegas do pedal que também resolveram topar o desafio.

Eu e Flavio no aquecimento

Alguns só vieram para tirar fotos

O que a gente está fazendo aqui na frente?
Ficamos ouvindo as últimas instruções enquanto o pessoal chegava.

Foto: Alessandro Batschauer

Foi dada a largada e como sempre o pessoal impôs um ritmo forte, média entre 45 km/h já para deixar os mais fracos para trás.

Foto: Alessandro Batschauer

Mas o que matava mesmo eram as retomadas depois das curvas. A velocidade caía para 23 km/h e em segundos ia para 45 km/h, isso ia acabando comigo.

Foto: Alessandro Batschauer

Depois de três voltas não aguentei mais no pelotão e fiquei em um segundo grupo, onde logo chegou o Rodrigo e voltas de pois o Flavio também veio fazer companhia.

Foto: Alessandro Batschauer

Tentamos manter a velocidade, mas acabamos levando uma volta do pelotão principal. Alguns conseguiram seguir na rabeira do pelote novamente, mas eu acabei ficando no pelotão que estava.

Foto: Alessandro Batschauer

Foto: Alessandro Batschauer

Depois de uma hora de prova, começamos a subir o mirante. O primeiro trecho de calçamento é para testar as forças nos braços e equilíbrio, depois tem que colocar forças nas pernas.

Foto: Alessandro Batschauer

Assim que o pessoal ia chegando já se atiravam no chão, a última parte da subida é bem íngreme e muitos não tinham relação suficiente para subir pedalando, que era o meu caso também.

Foto: Alessandro Batschauer

Empurra mas não finge.

Foto: Alessandro Batschauer

Eu tentei caminhar com a sapatilha de ciclismo, mas era quase impossível. Tirei elas e saí correndo só de meias empurrando a bike.

Foto: Alessandro Batschauer

Ainda bem que o apoio estava bem reforçado e o Ernandes trouxe as sapatilhas pra mim.

Foto: Alessandro Batschauer

Foto: Alessandro Batschauer

Foto: Alessandro Batschauer

Foto: Alessandro Batschauer

Todos chegaram muito exaustos, mas depois foi só alegria.

 



Tivemos muita história para contar e rir. Dos 29 inscritos na minha categoria fiquei em 21º, muito contente com a classificação, mas fiquei mais feliz ainda de ter participado dessa prova na presença de muitos conhecidos. Abraços e até a próxima.

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sábado, 15 de outubro de 2016

15/10/2016 - Descendo a Estrada Rio do Júlio

Essa semana fui convidado a apresentar a Estrada Rio do Júlio ao Arthur, um colega que conheci há poucos dias e que também foi picado pelo vírus da bicicleta. Um dia ele me contou um pouco das suas pedaladas e falei pra ele da Estrada Rio do Júlio, ele ficou muito empolgado e combinamos de dar umas pedaladas por lá. Ele ainda não está acostumado com distâncias superiores á 100 km mas sempre tem a primeira vez. Combinamos de nos encontrar no pórtico da Expoville ás 6:00 hs da manhã de sábado. No dia, chovia um pouco, mas a previsão era para o tempo melhorar ao longo do dia.



Como era a primeira vez que ele subia a serra, fiz questão de fazer várias paradas para ele conhecer os lugares.




Tem um bichinho aí.

Essa foto todo mundo tem que ter quando sobe a primeira vez.


O movimento de veículos não era grande e ainda encontramos um ciclista viajante que queria chegar em Curitiba.


O ritmo estava bem tranquilo, mesmo assim acho que assustei o garoto. Subimos da ponte até o mirante em 40 minutos, mas foi um pouco puxado pra ele. Quando chegamos no mirante o Arthur queria desistir. Conversei com ele e consegui convencê-lo que faltava pouco para vencermos a serra e chegar no objetivo. Então continuamos e depois do hotel fazenda a garoa parou e o clima começou a esquentar.



Passamos pelos tradicionais sobe e desce do planalto serrano e o Arthur sempre perguntando: "falta muito?" rsss. Chegamos no início da estrada e agora tem mais subida.





Combinamos de fazer o lanche principal na igreja, parada obrigatória para os cicloturistas.



O Arthur estava curtindo muito o passeio e não se arrependeu de eu ter insistido para ele não desistir. O clima esquentou um pouco, mas não tinha sol e os borrachudos ainda estavam hibernando kkk. Foi um dia perfeito.



Passamos pelo hotel Vale das Hortências e agora tinham mais 4 km de subida até a divisa dos municípios para então começar a descida.



Chegamos na pedra da divisa dos municípios Joinville - Schroeder.



Agora é só descida, mais ou menos uns 11 km.



Paradinha para fotos.


Depois de descer alguns quilômetros fizemos mais uma parada para lanche no rio Macaquinho. Eram 10:30 hs e nosso cronograma estava muito bom.


Pegamos água fresquinha para continuar a viagem.








Mais alguns quilômetros de descida e já conseguimos ver algumas casas de Schroeder. Chegamos ás margens do Rio Manso e seguimos em direção ao centro da cidade.




Aqui seguimos em direção ao bairro Duas Mamas, mas antes fizemos uma parada no posto Mime, parada oficial dos ciclistas.


Era 11:20 hs, tomamos um café e comemos alguns salgados. Água? Não precisa, isso pegamos na natureza.





Cadê o túnel? Se não tem, o jeito é subir a serrinha Canivete.


Depois de uma subida dura, chegamos novamente em Joinville.

A pedra lá atrás marca a divisa dos municípios

Arthur chegando de boa.

Na descida da serrinha paramos para encher as garrafinhas novamente, agora tem que durar até em casa.




Voltamos apreciando as arrozeiras e passamos por um grupo de ciclistas que estavam retornando do Poço Grande.


Ás 13:20 hs cheguei em casa com 104 km rodados. Tinha falado pro Arthur que a gente chegaria entre 14:00 hs e 15:00 hs. Como para ele ainda tinham mais uns 13 km, ele chegou ás 14:00 hs em ponto. Tudo dentro do cronograma.


Assim foi mais um dia de visitar os lugares onde tenho muitas lembranças, cultivar amizades novas e incentivar os iniciantes das pedaladas. Abraços e até a próxima.

Confira minha atividade no Garmin:

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