Esse passeio, sugerido pelo Mário, foi o mais longo até agora e o mais bonito. Combinamos na sexta-feira de fazer esse passeio no sábado, pois no domingo teríamos tempo para descansar e também tinha previsão de chuva. Ás 5:30 hs da manhã nos encontramos no cruzamento da avenida Santos Dumont com a rua Tenente Antônio João, nosso primeiro destino era Campo Alegre. Fazia um pouco de frio e a neblina estava forte, chegava a molhar a roupa durante o pedal. Abaixo: eu, Mário e Marcelo.
Seguimos pedalando num ritmo moderado, aproximadamente 25 km/h. Quando chegamos na localidade do Rio da Prata a neblina simplesmente sumiu, dando lugar ao vento quente que soprava forte contra nós. O tempo limpou e era possível ver o céu com poucas nuvens, sinal que iria esquentar durante o dia. Fizemos nossa primeira parada no posto de combustível no início da serra.
Começamos a subir a serra. Eu esperava que o tempo esquentasse logo para poder tirar a capa "corta vento", mas não foi o que aconteceu, por várias vezes tive que colocar e tirar a capa para regular a temperatura do corpo, isso é possível notar nas fotos seguintes.
Chegamos no mirante da Serra Dona Francisca ás 8:05 hs, tinha um vento frio e o sol ainda não tinha aparecido por lá. Não esperamos muito, continuamos subindo a serra num ritmo leve com várias paradas curtas.
Na foto abaixo é possível ver a neblina cobrindo a cidade.
A placa indica que estamos no caminho certo.
Pretendia chegar na estrada Rio do Júlio ás 9:00 hs, chegamos quinze minutos depois, estávamos num ritmo bom. Fizemos uma parada para fazer mais um lanche, comer umas frutas e cuidar da hidratação.
Depois da estrada Rio do Júlio continuamos a seguir o asfalto. Enfrentamos uns quatro quilômetros de subida. Oficialmente chegamos em Campo Alegre, mas a cidade estava á alguns quilômetros dali.
A tradicional foto no pórtico não poderia faltar.
Começamos a avistar as Araucárias e a paisagem de serra deu lugar á paisagem do planalto.
Fizemos mais uma parada antes de chegar no centro de Campo Alegre. Paramos no estacionamento de um café que havia na beira da estrada para comer algumas frutas, mas a tentação de tomar um café ou chocolate quente foi maior e aceitamos o convite da proprietária para entrar.
Eu e o Mário pedimos um café com leite, já o Marcelo foi no chocolate quente, acompanhado de um delicioso wafer de pão de queijo.
O Mário e o Marcelo estavam muito felizes por essa parada que fizemos, eles gostaram tanto do lugar que insistiram para eu tirar essa foto para ficar de recordação.
Chega de café, vamos pedalar que o caminho é longo. Depois desse café resolvemos não almoçar em Campo Alegre e deixamos para fazer um lanche mais reforçado em Schroeder.
Encontramos a nossa estrada para começar o retorno. Essa SC-416 é a estrada do Rio Manso que estamos procurando.
Mas antes, uma foto em frente á Prefeitura de Campo Alegre.
Pegamos a estrada novamente, na nossa cabeça imaginamos que iria começar as descidas, leve engano, por enquanto era só pedalar morro acima.
De tanto subir, chegamos num ponto onde era possível ver tudo lá em baixo. Parecia que a gente estava no ponto mais alto da região.
Tinha um que estava mais alto que a gente.
Parecia que estava vigiando seus companheiros que estavam mais abaixo.
Desse ponto em diante o nosso pedal foi de muito sobe e desce acompanhado de lindas paisagens. Chegamos num trecho de bifurcação e nessas horas essas placas sempre são bem vindas.
Durante o pedal começaram a aparecer os rios e as cachoeiras, acho que fotografamos todas.
Essa cachoeira passa bem perto da estrada e a água corre muito forte.
Aqui o rio fica espremido entre as grandes montanhas ao seu lado.
Essa queda foi feita próximo á um moinho ou serraria tocada com a força d'água, que agora, provavelmente está desativada.
Agora o rio passa pelo outro lado da estrada.
Opa, já chegamos em Joinville ou a gente estava em Joinville e chegamos em Jaraguá do Sul? Deixa pra lá, vou pensar nisso depois.
Durante a descida há quatorze capelas como essa, que simbolizam as quatorze estações da via sacra, vi também duas capelas, onde os visitantes fazem suas orações e seus agradecimentos. Aproveitei e agradeci por não ter me machucado nos meus tombos de bicicleta que passaram a ser rotineiros.
Uma ponte estreita sobre um pequeno rio e muitas pedras, já estamos quase chegando em Santa Luzia.
Chegamos em Santa Luzia e agora precisamos chegar em Schroeder, apesar de eu ter visto o trajeto antes no Google Earth a gente sempre tem dúvidas. Mas a placa ajuda a tomar a decisão certa. Chegar em Schroeder significava comer.
Descansar um pouco, tomar uma Coca-Cola e fazer um lanche reforçado, agora falta pouco, pelos cálculos mais ou menos uns 40 km.
Quando estávamos nos preparando para sair, vimos um arco-íris e bem onde iremos passar. Isso era sinal de chuva, pô no finalzinho precisava chover?
Continuamos nossa jornada rumo á SC-413 (rodovia do arroz), depois de tanto morro, não pretendíamos subir as Duas Mamas e neim ir até a BR-280 a volta ia ser muito longa. Pegamos um caminho alternativo. Durante o trajeto até chegar na rodovia do arroz passamos por vários obstáculos, a noite chegou, começou a chover, alguns cachorros começaram a correr atrás da gente e o pneu da bicicleta do Mário começou a esvaziar. Mas foi tudo superado. Já no Distrito Industrial de Joinville a última foto para registrar essa aventura.
Cheguei em casa ás 19:50 hs depois de 149,95 km percorridos, realmente um dia sobre pedais.
Abaixo o percurso completo. Pedalamos a maioria do percurso por rodovias estaduais (SC-301, SC-416 e SC-413) e todas estão em péssimo estado de conservação. Muito obrigado pela companhia do Mário e do Marcelo e parabéns pela força de vontade e superação de todos.