domingo, 1 de dezembro de 2013

01/12/2013 - 7º Desafio Márcio May

Pela segunda vez me inscrevi para esse evento de ciclismo em Rio do Sul - SC. No sábado eu e minha esposa partimos cedo, chegando na cidade ainda deu tempo para visitar alguns pontos turísticos.




Depois fomos retirar o kit atleta e visitar as lojas dos patrocinadores.


Já no hotel fomos descansar um pouco e comer uma massa mais tarde.



As 6:30 hs de domingo, já estávamos tomando o café da manhã, colocamos a bike no carro e partimos rumo ao local da prova. Fui dar uma conferida na calibragem do pneu antes de ir para o local de largada e ao puxar a bomba o bico da câmara veio junto e o pneu esvaziou em segundos. Tive que fazer uma troca rápida e colocar a única câmara reserva que trouxe (ligeiro).



Pronto, agora é só chegar no local e já achar um lugarzinho no meio da galera.


A turma foi juntando, 1035 atletas estavam inscritos para essa prova, eu procurava o Maneca e o Deivi até que olhei para trás e achei eles juntamente com o Pelinha.


Estavam com um uniforme diferente. A Talita logo me achou e me ofereceu uma camisa também. Tentei trocar a camisa ali mesmo, tirei o número e minhas bugigangas dos bolsos. Foi quando anunciaram dois minutos para a largada e então agradeci mas abandonei tudo e coloquei o número novamente na camisa que eu estava, aliás a única que eu tenho com a marca do meu patrocinador Mel Sol. Foi dada a largada do ciclismo e alguns minutos depois foi a vez da nossa categoria.


Durante 20 e poucos quilômetros a largada é neutralizada, ou seja, não é permitido ultrapassar os batedores. Mesmo assim acontecem muitos esbarrões, batidas e tombos. O Cabelo estava mais á frente, eu e o Maneca mais atrás, no mesmo embalo.

Foto: TrilhasBR
Depois de um tombo próximo a uma ponte, desviei e perdi o contato com o Maneca. Logo começaram as subidas e passei pelo Cabelo.

Foto: TrilhasBR
Foto: TrilhasBR
Começou uma garoa e a pista ficou escorregadia. Presenciei dois tombos feios na mesma curva, fiquei com medo. Fiz o retorno e comecei a descida, desci no meu limite mas com cautela. O velocímetro registrou máxima de 82 km/h. Logo encontrei dois ciclistas e fomos nos agrupando e catando mais um ou dois pelo caminho. O pelotão tinha atitude e o revezamento do vácuo era constante.

Foto: TrilhasBR
Foto: TrilhasBR
Nos últimos quilômetros puxei o pelotão por um tempo, foi quando houve uma confusão devido ao trânsito de veículos parados na rua. Logo o pelotão se agrupou de novo e quando percebi tinha uns vinte atletas para o sprint. Não me dei bem nesse final, ficando entre os últimos do pelotão.

Foto: TrilhasBR
Foto: TrilhasBR


Em relação ao ano passado fui um minuto mais lento, completando a prova com 1:58:36 hs, na minha categoria melhorei três posições ficando em 17º e na classificação geral não mudou nada e fiquei em 88º.


Mesmo assim não fiquei desapontado, claro que tenho que melhorar muito se pretendo ser mais competitivo, mas tenho certeza que fiz o melhor que pude. Peguei minha medalha de participação e depois algumas frutas.



Logo chegaram o Maneca e o Cabelo e continuamos a festa.


Encontrei também o Eleonésio que escreve o blog Crazy Biker e até então conhecia somente através das redes sociais e hoje nos cumprimentamos e fizemos uma apresentação mais formal.


Encontrei vários amigos, conhecidos e também atletas profissionais. Acho chato esse negócio de "sou amigo de "Face" mas se encontro faço de conta de não vejo".

Gilson R. Kassulke: alguns Audax 1000 na bagagem.
Tânia: Pentacampeã do Desafio Márcio May
Márcio May: sem comentários
Foto: TrilhasBR
Depois vesti minha camisa nova (e seca) da Physical Woman, Cláudia Rossini e Pedal do Cabelo. Muito obrigado.


Já que não conseguimos ganhar as bikes no pódio o jeito foi aguardar a premiação e depois o sorteio.


Como somos rapazes de muita sorte, novamente não ganhamos as bikes, mas ganhamos um dia diferente de muita adrenalina, emoção e de cultivar amizades. Assim é o ciclismo. No ano que vem estarei aqui de novo, se Deus quiser.


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

18/11/2013 - Expedição Serra & Mar - Conclusão

Apesar de toda a correria e contratempos, deu tudo certo. Foram quilômetros de força, ansiedade, diversão e cansaço. Poucas coisas saíram como o esperado, mas ao menos a gente tinha os objetivos traçados e tentava cumpri-los. Foram meses de planejamento, reuniões e contatos. Muitas pessoas são responsáveis pela conclusão dessa nossa expedição. Quero deixar registrado aqui o profundo agradecimento a essas pessoas:

Josiane Prussek Brüning (minha esposa): apesar de não gostar muito disso que eu faço, pelo menos ela não é contra.
Inácio Brüning (meu pai): além de patrocinador também conseguiu muitos outros patrocinadores;
Robson Brüning (meu irmão): redesenhou a maioria das artes (logotipos) dos patrocinadores e criou algumas;
Manoel Acácio Behnke Júnior (Maneca): se fez de difícil mas resolveu embarcar nessa;
Deivi Ivan Schiochet (Cabelo): apesar dos contratempos foi nos encontrar e viajou de madrugada;
Talita (Cabela): além de patrocinadora fez o melhor apoio que a gente poderia ter;
Luís Cassiano dos Santos (Cassiba): convidado para essa expedição, foi nos encontrar na estrada para nos acompanhar e dar aquela força nos últimos 80 km dessa aventura;
Bernardo Schlickmann e Alba Schlickmann (meus tios): cederam a casa de campo deles por uma noite, e também a janta, o café da manhã...;
Aos amigos que deram aquela força e também alguns brindes para usarmos na expedição;
A Deus, anjo da guarda, santo, fé ou força interior que nos protegeu e guiou nessas estradas;
A todos os patrocinadores, sem eles provavelmente essa ideia ainda estaria no papel:


Bike & Adventure
Apiários Sol do Oriente
Physical Woman
Clube Esportivo Kavo
Mantac
Inplavel
Meditec
Horti Fruti João Colin
Bitentec
Banana Brasil
Mi Usinagem
Lycri Malhas
O2 Bike Fit
Família Behnke

E claro a todos os leitores do blog, graças a quantidade de visualizações (que nem são tantas assim) tive argumento para negociar com os patrocinadores. Muito obrigado.


domingo, 17 de novembro de 2013

17/11/2013 - 4º Dia Expedição Serra & Mar - de Tijucas a Joinville

Essa noite dormimos bastante. Acordamos pelas 6:20 hs e ás 7:00 hs a gente já estava na mesa do café da manhã.


O clima estava bom, o mesmo de ontem, com aquele vento amigo. No playground a alegria continuava, agora com muito entusiasmo e ansiedade para chegar no nosso destino.





Porto Belo estava do lado e logo depois Itapema.



Em Itapema vimos várias placas orientando o trânsito sobre um evento ciclístico logo á frente, inclusive no painel eletrônico.



Ficamos curiosos para saber do que se tratava e logo depois da polícia rodoviária federal alguns cones já delimitavam a pista para os ciclistas. Como era o único lugar para a gente passar, nos metemos no meio da corrida tentando não atrapalhar os competidores.


No túnel do Morro do Boi a prova continuava.




Saímos do túnel e da corrida maluca e assim que avistamos a cidade de Balneário Camboriú a emoção tomou conta do Maneca. Ele olhou para mim e disse: "Jefo, eu vou conseguir". Isso era óbvio, a questão é que a gente começa a pensar em concluir um desafio, rever a família e nessas horas passa um filme rápido nas nossas cabeças relembrando de tudo o que passamos nesses quatro dias longe de casa. Mas logo a animação voltou quando vimos o Cassiba esperando a gente em uma das saídas do balneário.




Nem paramos para conversar direito, o Cassiba estava com sangue nos olhos e ditou um ritmo forte que não conseguimos acompanhar, afinal já tínhamos rodado mais de 700 km. Isso durou pouco pois um furo no pneu fez o Cassiba parar.



Em Itajaí o trânsito dos carros começava a ficar lento devido ao retorno do feriadão.




Em Navegantes a Talita já nos aguardava com pastéis e caldo-de-cana. Esse é o melhor apoio do mundo, como diz o Maneca.


Aproveitamos também para consertar mais um pneu furado, agora do Maneca.




Seguimos nosso pedal passando por Penha e Balneário Piçarras. Antes de chegar em Barra Velha, mais um pneu furado, adivinha de quem?

Equipe dando aquela foça...
No último dia furou mais pneus do que nos três dias juntos. Mas isso não nos desanimou, pelo contrário a gente voltava a pedalar mais rápido ainda para tentar recuperar o tempo perdido.


O Cassiba estava nos aguardando em Barra Velha, aqui é "caminho da roça" é o treininho semanal do Maneca e do Cabelo, eu também já fui algumas vezes.



Em Araquari o pneu do Cabelo furou e o selante não estava dando conta de conter o vazamento. Ele ia fazendo paradas rápidas para encher o pneu e seguir até o posto de combustível localizado após o viaduto da BR-280. Talvez com uma pressão maior de ar o selante seria mais eficiente. Chegamos no posto e o nosso apoio estava nos aguardando com água e isotônicos. Aproveitamos para fazer mais um lanchinho.



Chegamos na divisa entre Araquari e Joinville, agora estamos perto, restava pedalar até a Expoville. Oh trechinho longo.


O pneu do Cabelo continuava vazando mas ele não queria trocar a câmara, então a cada dois ou três quilômetros a Talita ficava nos esperando para calibrar o pneu.


Foram os 5 km mais longos que já pedalei.


Nessas horas a gente não tinha nem assunto para conversar, estava todo mundo ansioso. Ao avistar o pórtico de entrada da cidade fiquei sem ação. Não sabia se me jogava no gramado, se abraçava todo mundo ou se chorava. Me contive.




Foi uma grande aventura, admito que um pouco irresponsável e muito exigente. Mas como diz o Maneca: "se fosse para ser fácil eu nem vinha". Assim encerramos a Expedição Serra & Mar. No próximo post faço os agradecimentos a todos de colaboraram de alguma forma para essa expedição acontecer. Para os leitores agradeço desde já, espero que tenham gostado de ler e ver as fotos dessa maluquice.


Abusamos do apoio, ninguém queria pedalar mais hoje.


Resumo do dia:

Distância: 126,66 km
Tempo: 6:46:57 hs
Velocidade média: 18,7 km/h
Velocidade máxima: 65,1 km/h
Altitude máxima: 113 m
Altimetria acumulada: 1315 m
Temperatura mínima: 20° C
Temperatura máxima: 28,5 ° C