sábado, 28 de setembro de 2013

28/09/2013 - A Volta do Norte

Depois de uma sexta-feira de muito trabalho, eu já planejava alguma coisa para o final de semana. Cheguei em casa tarde e decidi fazer a volta do norte no sábado, caso não chovesse. Preparei as coisas e fui dar uma espiada nos e-mails antes de deitar. Vi que o Maneca tinha deixado um recado para encontrarmos o Cabelo no Audax 600. Achei que mudar os planos nessa altura do campeonato não seria uma boa ideia e mantive meu cronograma. Acordei ás 4:00 hs no sábado, o céu estava nublado e comecei a preparar as coisas. Saí ás 5:00 hs com uma garoa fina no lombo, já era um motivo para eu voltar pra cama, mas era possível perceber um céu mais claro na serra, então segui meu destino na esperança do tempo melhorar. Quando cheguei na Estrada da Ilha a garoa parou e deu lugar a uma forte pancada de chuva que em um instante me encharcou. Ficava pensando onde eu ia fazer o retorno para voltar para casa e deitar na minha cama quentinha. Resolvi subir a serra até o mirante e voltar, já ia valer como treino. Em Pirabeiraba a chuva deu uma trégua mas a garoa continuava.


Na região do Rio da Prata a chuva parou, na serra o céu claro com nuvens e ao leste a torcida para o sol nascer logo.



Subi a serra em ritmo de treino, mas a revitalização de alguns trechos da serra me fizeram parar para eu conferir de perto as melhorias. Estão pintando e limpando os trechos próximos a pequenas cachoeiras e bicas d'água ás margens da rodovia.


Continuei meu pedal e cheguei no mirante com o corpo quente, por fora molhado da chuva, por dentro molhado do suor. Parei um pouco e comecei a pensar em voltar para casa e tal. Foi quando decidi ir em frente com o meu objetivo inicial, afinal eu já estava molhado sujo e na estrada, só preciso continuar pedalando.


Segui a pedalada serra acima, passei pela entrada da Estrada Rio do Júlio ás 7:30 hs e ás 8:00 hs na divisa com Campo Alegre fiz minha primeira parada, 10 minutos foram suficientes. O sol aparecia tímido de vez em quando.


Para os ciclistas essas placas significam: "subida á frente" ou "prepara as pernas".


Uma coisa que eu não havia percebido quando passei por aqui outras vezes é a utilidade ou curiosidade da informação para quem passa. É possível saber a distância para Tóquio, Lisboa ou Moscou por exemplo.




Parei em Campo Alegre apenas para um "pipi-stop" e uma foto, depois fui encarar o sobe e desce até São Bento do Sul.


Em São Bento do Sul atravessei a cidade em direção ao centro. Cheguei na praça central e descansei um pouco. Logo chegou outro ciclista e conversamos um pouco, ele estava aguardando um grupo para darem umas pedaladas também. Me despedi dele e subi o morrinho até a porta da igreja para o registro.




Comecei a procurar o caminho até a BR-280 dentre os vários morros que tem dentro da cidade. Ao chegar na BR encontrei vários ciclistas pedalando em sentido oposto. Antes da descida ainda tem vários sobe-e-desce e parei para fazer mais um lanchinho.



Última morreba antes da descida, essa é longa.


Obaaaa!



Essas nuvens não são um bom sinal.


A descida é longa e a maioria dela tem acostamento. Mesmo assim não passei dos 60 km/h que já é uma boa velô. Acabou a descida, agora tem que pedalar de novo.


O trecho entre Corupá e Jaraguá do Sul é sofrido, a estrada é péssima e sem acostamento. Eu me arrisquei pedalar algumas vezes na pista, mas os ônibus e caminhões te jogam pro areião, tem que ter cuidado. Quando eu estava quase saindo de Jaraguá do Sul começou a chover novamente, parei um pouco num ponto de ônibus para guardar os eletrônicos e comer uma barrinha.



Logo a chuva parou e segui viajem, estava ansioso para chegar em casa e já passava das 14:00 hs. Ficava pensando também em como estaria o Cabelo naquelas horas no seu Audax 600 km, eu já estava quase morto com 150 km rsss.


Entrei na rodovia do arroz e imprimi um ritmo mais forte. Comecei a ouvir trovões e logo era possível avistar riscos de fogo sobre os morros de Guaramirim e Schroeder. Não demorou muito para despencar água. Nesses momentos não sei o que é melhor fazer. Na dúvida parei sob um ponto de ônibus, claro que não era o lugar mais seguro para se estar em uma tempestade.


A trovoada passou mas a chuva continuou forte, continuei meu pedal já imaginado um banho quente e roupas secas, afinal eu já estava há dez horas pedalando. Perto do Arroz Vila Nova a chuva parou e não pude deixar de registrar a paisagem que se formou.


Passei pelo bairro Vila Nova e Distrito Industrial, quando estava entrando na minha rua encontrei o meu mecânico Carlão andando na calçada. Conversamos um pouco e ele quase chorou ao ver o estado da minha bike. Ele fez questão de dar um trato na bike naquela hora mesmo, pelo menos para tirar o excesso de areia. É aqui na Bikecaverna do Carlão que eu deixo a minha magrela, serviço de confiança e personalizado.


Depois de onze horas de pedal, 185 km rodados e elevação acumulada de 3500 metros missão cumprida. Ainda bem que eu só iria fazer esse pedal caso não chovesse. Querida, cheguei he he.


Confira minha pedalada no Garmin:

Confira minha pedalada no Strava:

6 comentários:

  1. Que droga Jefo, O Cabelo já foi, tú já foi, agora eu sou obrigado a ir sozinho também! kkkkk.
    De repente aproveito a indicação da placa e vou um pouco mais longe atéTókioKkkkkk.
    Ótima viagem Tradicional Anual.

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    1. Você não é obrigado a ir sozinho, se quiser eu vou junto. Abraço.

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  2. Sempre treinando escondido Jefo, mas muito bom passeio, bom até demais ainda mais com as subidas.. rssss...
    Parabéns pela determinação.
    Abs

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    1. Quase que eu ia fazendo esse circuito ao contrário, ainda bem que não fiz. Valeu.

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