sábado, 14 de setembro de 2013

14/09/2013 - Santuário Madre Paulina - Nova Trento - SC

O pedal desse final de semana teve um motivo especial, a comemoração de um ano que completamos esse desafio pela primeira vez. Pra mim mais especial ainda, pois faz um ano que conheci esses carinhas das trips lokas. Combinamos com algumas semanas de antecedência o encontro no mesmo horário e mesmo local para fazer o mesmo trajeto. Mais uma vez não consegui dormir o suficiente. Tinha uma festa de aniversário para ir e disse para minha esposa ir sozinha. Ela insistiu, disse que voltaríamos cedo e etc. Aconteceu que cheguei em casa á meia noite e acordei ás 2:30 hs para atravessar a cidade e estar no ponto de encontro ás 4:00 hs. Saí de casa no horário previsto, a serração estava forte e chegava a molhar a roupa mas o clima estava agradável.


Passei por postos de combustíveis, barzinhos e salões de dança e percebi que muitos ficavam apontado o dedo e fazendo comentários. Um deles gritou: "vai dormir seu maluco". Eu só ria, pois quem iria dormir era ele e quando eu estaria voltando da minha viajem ele estaria acordando com fome e uma escola de samba na cabeça. Quando eu estava quase chegando na casa do Maneca sinto o pneu traseiro rebolando no asfalto. Tive que fazer a parada e troca da câmara.


Cheguei no ponto de encontro ás 4:15 hs, fizemos a foto oficial da partida e logo pegamos a estrada.


Era pro Cassiba ter vindo também, afinal ele participou da trip no ano passado, mas infelizmente ele não apareceu. Seguimos nosso caminho, a serração era forte e comprometia a visibilidade da estrada. O Cabelo resolveu ir sem mochila e instalou um bagageiro na bike, ele fez isso como teste para analisar o comportamento da pedalada, já que na expedição que está por vir pretendemos ir sem mochilas.


Em Itajaí os raios de sol começaram a atravessar a forte neblina e aos poucos ele foi aquecendo cada vez mais nosso pedal.



Era para ser aqui a nossa primeira parada, mas como o pedal estava fluindo bem resolvemos parar mais adiante. Depois de três horas e meia de pedal e 110 quilômetros rodados, paramos no Posto Tigrão em Balneário Camboriú para repor as energias.



Fizemos um lanche, fomos no banheiro e descansamos um pouco. O Cabelo ficou mais afastado para não compartilhar o lanche dele com a gente.



Saímos do posto e de cara já tem o Morro do Boi para subir, a subida não é tão forte assim, o que preocupa é o fluxo de caminhões.



A descida é uma recompensa pela subida. A vista do mar ainda coberto pela neblina é uma visão maravilhosa.



Continuamos nosso pedal em um ritmo bom. Depois de um ano pedalando com esses caras fui descobrir que além de grandes companheiros de pedal eles também são cantores de música sacra. Influência do nosso destino talvez.


Nossa parada em Tijucas foi só para fotos. Tá com fome é? Vai comer só quando a gente chegar no santuário.


Conforme as regras dos ventos, ao sair da cidade de Tijucas um vento contra atrapalhou um pouco nosso pedal, tivemos que revezar no vácuo para economizar energias. Foi assim em Canelinha e São João Batista até a chegada em Nova Trento.


Já era possível avistar nosso destino, era onze horas e fazia muito calor. Até aqui foram 175 quilômetros. Antes de descansar e comer tem que fazer as fotos da chegada.



Corre pra lá, prepara a máquina, corre pra cá, levanta a bike, faz pose e a foto acabou ficando assim.


Mais uma vez subimos a escadaria com a bike nas costas, da próxima vez vou contar os degraus.




Tiramos o suor do rosto e a sujeira dos braços para fazer um lanche reforçado que seria nosso almoço. O Maneca e o Cabelo resolveram sentar no cimento eu preferi o gramado e sombra das árvores.





Algumas pessoas vieram conversar com a gente perguntando da onde a gente vinha, para onde ia e ficavam meio assustadas com o que ouviam. Depois de mais algumas fotos partimos em direção á Brusque, o forte calor, longo trecho de calçamento e duas subidas fortes nos aguardavam. O Maneca não aguentou o calor e tirou a camisa.


Depois de superar essa primeira subida, paramos em um ponto de ônibus para descansar um pouco. Acho que essa parada foi extremamente necessária para enfrentar a segunda subida.


Segunda subida.


O sol estava á pino e nesses momento que a gente espera um ventinho ele desaparece.


Depois da subida vem a parte boa, mas passa tão rápido que a gente nem chega a enjoar de descer. Pegamos mais um trecho de calçamento e passamos por Brusque.


Na SC-486 o Cabelo resolveu reforçar o protetor solar. Mais uma vez falando sobre a regra dos ventos, nesse trajeto o vento contra é infalível. Fizemos mais uma parada rápida na sombra.


Parada para o lanche só no próximo posto na BR-101. Sentamos na calçada enquanto dois cachorrinhos nos observavam.


Agora rapaziada forcem um sorriso e olhem para a câmera:


O sol não estava mais tão intenso, mas o vento lateral continuava. Eu estava muito cansado, queria dormir, mas agora não dava.


Meu ritmo caiu um pouco mas não sentia dores. Ao chegar no pedágio de Araquari o sol ia se despedindo.



Era pra tocar direto até em casa, mas tive que fazer uma parada rápida no Sinuelo para ver se eu acordava. Quando voltei ao pedal meus amigos me aguardavam no acostamento da rodovia. Assim enfrentamos o início de noite e chegamos no lugar de onde partimos há 15 horas atrás. Nos despedimos do Maneca e depois me despedi do Cabelo. Pedalei por mais meia hora até chegar na minha casa e ás 20:04 hs cheguei com mais 327 km na bagagem. Manoel e Deivi, quero agradecer a companhia de vocês e o convite por mais um pedalzinho light. É uma honra pedalar com vocês.


Quem quiser saber mais sobre essa aventura acessem:
Natividade Aventuras Joinville
Pedal do Cabelo
E aqui a primeira trip até o Santuário Madre Paulina.

4 comentários:

  1. Essa foi suada hein Jefo! Vamos nos preparar para o ano que vem novamente!! Obrigado pela parceria, parabéns pelo seu aniversario.

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    1. Foi dura sim, mas pra mim já foi melhor que a primeira. Obrigado.

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  2. Muito bom esse 1 ano heim Jefo, superando limites. Até mesmo quando parece que conhecemos o trajeto e suas dificuldades sempre podemos ter uma surpresa, como o sol e a temperatura que nos acompanhou e nos judiou, mas como ciclistas aventureiros sempre estamos prontos para todas dificuldades (isso pq naum tinhamos carona.. jhehehe).
    Parabens por mais essa conquista.

    Abs

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    1. Foi um bom pedal, apesar da temperatura alta que incomodou por algumas horas. Mas faz parte do desafio, sem isso seria muito fácil kkkk. Valeu.

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