sexta-feira, 1 de maio de 2015

01/05/2015 - Volta do Norte

O Maneca lançou o convite no início da semana para fazer esse belíssimo passeio. Claro que eu estava doido para ir e um convite desses não se recusa. O local definido para encontro foi na Expoville ás 5:00 hs da manhã. Chegando lá me deparei com o Maneca e outros ciclistas, inclusive alguns colegas que pedalavam comigo nos bons tempos que trabalhávamos na Busscar. Também encontrei o Jedson que está na batalha para concluir a série de Super Randonner esse ano.



O pessoal estava reunido ali para ir para o pedal da Mari, eu e o Maneca já estávamos nos despedindo dos nossos colegas quando o Cabelo novamente resolve fazer surpresa. Agora sim, depois de algumas fotos saímos pela BR-101 em direção à serra Dona Chica.




Estava bastante frio, além da roupa comprida e duas camisas, na mochila tinha um corta vento para casos extremos. Mas enquanto a gente estava em movimento a temperatura era agradável. A subida da serra foi tranquila, porém havia muito movimento de carros.


Até pensamos que nosso amigo aventureiro Cassiba passaria por nós, pois ele estava subindo para um pedal na estrada Rio do Júlio, mas não tivemos essa sorte. Chegamos no mirante enquanto soprava uma brisa fria e o dia amanhecia.




Não demoramos muito, enchemos as garrafinhas de água e subimos mais um pouco para presenciar o nascer do sol.




Ainda tinha muita subida pela frente e infelizmente a neblina da serra fez os raios solares se esconderem novamente fazendo com que a nossa pedalada continuasse fria.





Eu já estava com fome e o Cabelo também, então por votação decidimos fazer uma parada no portal de Campo Alegre que o Maneca chama de "falso portal".





Eu e o Maneca sentamos no piso frio enquanto o Cabelo deu uma escapada, achamos que ele tinha ido fazer o número 2 mas depois descobrimos que ele só estava desbravando as instalações do portal.


Chega de ficar comendo, até porque o frio começou a incomodar novamente então o negócio é pedalar. Na polícia rodoviária passamos pelos destroços do ônibus da maior tragédia da região.


Mas vamos falar de coisas boas e aproveitar o passeio.


Notamos que o pneu da bike do Cabelo estava bem vazio mas ele estava relutante em querer fazer a troca. Pedalamos mais alguns metros quando ele decidiu fazer a troca da câmara.




Enfrentamos mais alguns sobe e desce e logo chegamos na cidade de Campo Alegre e agora sim no verdadeiro símbolo de entrada da cidade como diz o Maneca.





Os morrinhos não param, nesse trecho até a descida é desanimadora pois aqui a lógica é a seguinte: tudo que desce, sobe de novo.





Em São Bento do Sul seguimos em direção ao centro e chegamos na igreja matriz antes das 10:00 hs conforme cronograma.




Nossa parada foi para fotos, encher as garrafas de água e usar o banheiro público da praça.






Saímos dali antes que um passeio ciclístico nos engolisse e continuamos subindo mais morros agora dentro da cidade.




Passamos pelo bairro Serra Alta e depois de uma boa descida chegamos na nossa querida BR-280 onde logo de cara já começa com umas subidinhas.

Traduzindo: subida a 200 m.
Agora o sol começou a dar as caras aqui em cima e o bagulho começou a esquentar.





Se engana quem pensa que agora é só descida, tem algumas subidas bem longas antes de começar a diversão. Por sorte o Cabelo estava inspirado e puxou a gente até o topo.

Longo trecho em declive
Oba, agora é só descer por 11 km até chegar em Corupá. Nesses trechos de descidas ninguém quer perder o embalo para tirar fotos, apesar de ter vários lugares bonitos para serem fotografados, então espero que um breve vídeo resuma por onde a gente passou. Estou testando um recurso novo mas ainda dá para melhorar bastante.


Minutos depois chegamos em Corupá e tivemos que fazer uma parada para um lanche e tirar as roupas compridas pois já passava das 11:30 hs e fazia bastante calor.


Feito o lanche o negócio foi encarar o pior trecho do passeio que liga Corupá a Jaraguá do Sul. Aqui não tem acostamento e a briga com os veículos é constante. É preciso ter cuidado e não se assustar com as buzinadas dos mais apressadinhos.



Chegamos vivos em Jaraguá do Sul, fizemos alguns contornos para fugir da contra mão e agora tudo o que a gente queria era chegar em casa. Tentei puxar alguns quilômetros mas as pernas não tinham mais a mesma força.


Já o Cabelo parecia estar zerado e não baixava dos 30 km/h, passamos pela entrada do Vila Nova e confesso que deu uma vontade enorme de entrar ali. Só que daí não seria Volta do Norte, pois essa volta tem que contemplar a BR-101. Segui no vácuo desses dois que pedalavam como malucos e enfrentando o tradicional vento contra dessa região.


Já na BR-101 solicitei para fazer uma parada no posto Maiochi para pegar água gelada e free, mas meu pedido não foi atendido e segundo o Cabelo ele tinha água de sobra para todo mundo. Ao passar pelo posto ele pega carona em um caminhão e some no vácuo e deixa eu e o Maneca para trás. E a minha água seu vagabundo? Quilômetros a frente ele nos esperou e eu pude beber água quente e com gosto de plástico, bem diferente da água do posto. Seguimos o pedal e os dois speedeiros resolveram gastar todo o gás que tinham de sobra e eu fiquei para trás.


Alcancei eles só na SOS da APLS e no bairro Floresta nos despedimos no Maneca.



Eu acompanhei o Cabelo até a entrada do Anita Garibaldi.


Depois passei por baixo do viaduto para seguir pela ciclovia que há do outro lado, pois achei que por ali seria mais seguro. Subi o morrinho da BeL e deixei a bike embalar na descida. De repente um caminhão sai da rua Vitória Régia e entra na marginal sem se dar conta da minha aproximação pela sua direita. Freei com tudo e a roda traseira derrapou sobre a areia do asfalto. Minha preocupação era em não cair pois eu poderia acabar em baixo do caminhão. Por sorte o maldito não diminuiu e eu consegui manobrar e tirar uma fina do seu parachoque traseiro. Sobrou elogios para ele a mãe dele. Minhas pernas que já estavam fracas ficaram molinhas e fui obrigado a parar um pouco para passar o susto.


Continuei o meu pedal e antes de chegar em casa aproveitei que o mercadinho estava aberto para fazer umas comprinhas.


Depois de 190 km e mais de 10 horas sobre o selim da bicicleta cheguei em casa. Manoel e Deivi, quero agradecer pelo convite e por poder fazer parte das aventuras de vocês. Muito obrigado pela companhia e espero que ainda venham muitas histórias para contarmos. Abraços.

Confira minha pedalada no Garmin:

Confira minha pedalada no Strava:


6 comentários:

  1. Belo relato, pena foi o susto no final, já vi o relato dos parceiros. São três malucos por aventuras. Vocês nos inspiram. Parabéns.

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    1. Infelizmente toda a aventura tem seu risco, mas passar por esse sufoco por causa da imprudência de um motorista é revoltante. Obrigado pela visita Jed, também estou acompanhando as suas aventuras. Abraço.

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  2. Muito bom pedal light Jefo, ainda mais de surpresa. Muito obrigado mais uma vez pela cia e desculpa por ter sumido na hora de te arrumar a agua. hehehe...
    Abs

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    1. Obrigado pela companhia e pela paciência. Tenho que aprender ser mais auto suficiente como o nanico, ou mais rápido para você não escapar mais kkkkk. Muito bom esse pedal, a melhor volta do norte que já fiz. Abraço.

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  3. Nada é fácil! Até porque se fosse prá ser fácil tenho certeza que nenhum de nós três iria levantar de madrugada para passar 10 horas em cima numa bike! Sabemos que essa é uma atividade arriscada, porém é o que nos faz nos sentir livres para trassarmos nossos próprios caminhos, é o momento que somos autos e plenos suficientes, pois cumprir o objetivo proposto depende unica e exclusivamente de cada um de nós! E prá você Jefo eu digo: 'Tú é bom nisso'!!!

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    1. Obrigado Maneca. Sempre tem palavras de otimismo para superar nossos desafios cada vez mais. Abraço.

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