domingo, 25 de agosto de 2019

25/08/2019 - Maratona Internacional de Florianópolis

Foram dias e noites de treinos para enfrentar esse desafio. A minha primeira maratona foi estrategicamente planejada para ser em Florianópolis, devido ao baixo relevo do percurso. Treinei para terminar a prova, curtir, aproveitar e me divertir. O sábado chegou e aquela ansiedade já tomava conta do corpo e dos pensamentos. Passei na casa do Flavio e partimos para a capital de Santa Catarina. O trânsito estava bem tranquilo, até mesmo na grande Florianópolis e na ponte de acesso à ilha. Assim que chegamos, nos direcionamos para a loja da Decathlon onde seria feita a entrega dos kits. Conforme nos aproximávamos do local o trânsito ia se intensificando. Resolvemos passar reto do local e estacionar em um estabelecimento ao lado, onde tinham várias vagas disponíveis. A fila dava a volta no estacionamento da loja.



Uma hora e meia depois conseguimos sair da Decathlon com os kits na mão. Compramos algumas frutas da feirinha ao lado e fomos almoçar no shopping que ficava perto. Depois do almoço fomos procurar nossa pousada que ficava bem perto da largada da maratona. Estacionamos o carro em uma praça pública que pertence ao museu de armas começamos a caminhar para cima e para baixo nas vielas estreitas da região e nada de achar a pousada. Até que perguntamos para um senhor sobre a pousada e ele avisou que o Sr. Cláudio já estava nos esperando. Descemos algumas pedras e depois caminhamos um pouco na areia, passamos por baixo da ponte Hercílio Luz e finalmente encontramos a pousada. Um lugar bem simples, mas aconchegante e a vista era incrível.








Nos acomodamos no nosso quarto. O banheiro, sala e cozinha são compartilhados. Conhecemos um baiano que estava hospedado e também iria correr a maratona. Saímos para conhecer as redondezas. Fomos visitar o forte e fazer uma caminhada pela Beira Mar Norte.




O que nos chamou atenção aqui foram as bicicletas e patinetes compartilhados, coisas que ainda não temos em Joinville.


Voltamos para a praça para apreciar o pôr do sol.


Um vento sul começou a soprar e esfriou esse fim de tarde. Para esquentar, fui até na pousada para fazer um cafezinho.




A noite caiu e saímos para fazer um lanche. Jantamos cedo para dormir cedo. Voltamos para a pousada e fomos dormir. Nosso quarto ficava bem pertinho do mar e o barulhinho de onda trazia sossego e tranquilidade. A noite foi tranquila, descansei bem. O baiano acordou a gente às 3:50hs. Tomei um café da manhã reforçado e às 5:00hs fomos caminhando até o local da largada. Estava frio, mas não o bastante para se preocupar. Corremos para aquecer e fomos para o nosso portão de largada.


Largamos às 6:10hs, foi emocionante ver aquela quantidade de pessoas todas juntas saindo para um mesmo objetivo.


Seguimos na direção sul e acessamos a ponte Colombo Salles para chegar no continente e percorrer a Beira Mar Continental.



Eu e o Flavio seguimos no mesmo pace, 5:30 min/km. O sol começou a dar sinal que iria aparecer, mas logo se escondeu entre as nuvens. No retorno do continente fechamos nossos primeiros 10km. O corpo ainda estava bem.


O único problema foi uma vontade enorme de fazer xixi. Comecei a me segurar e procurava um lugar para dar uma aliviada. Atravessamos a ponte Pedro Ivo Campos em direção à ilha novamente e no quilômetro 14 haviam banheiros químicos onde pude fazer uma parada de emergência. O Flavio seguiu em direção ao túnel. Agora eu estava mais leve e tranquilo.


Apertei o passo e no final do túnel alcancei o Flavio para continuarmos nossa maratona. Fizemos o retorno quase no Pântano Sul e fechamos os 21km, meia maratona em menos de 2 horas. Até o momento estava tudo tranquilo. Peguei alguns gels e sachês de sal para complementar a hidratação.


Próximo do quilômetro 30 o cansaço psicológico começou a bater. Comecei a fazer gestos e cumprimentar os fotógrafos para ver se a ansiedade passava. Outra coisa que abalou um pouco foi passar ao lado da chegada e pensar que ainda faltavam 10 km para terminar a prova. Teve um momento que o Flavio ficou um pouco para trás. Eu ia acompanhando onde ele estava, mas no próximo ponto de hidratação eu perdi ele. Olhei para trás e não o via mais. Fizemos outro retorno, agora era a reta final. Vi o Flavio caminhando do outro lado da avenida e falei alguma coisa para ele, agora não vou lembrar o que foi. Eu continuei com o meu passo, na esperança que ele estaria repondo as energias.


Nos últimos 5 km o sol resolveu aparecer e o cansaço também. É uma briga física e emocional muito grande. Por sorte eu não sentia dor, mas o desgaste físico era grande. Visualizei o portal de chegada e o pessoal começava a dar incentivos para terminar a prova.


Corri os 42.195 metros em 3:58 hs. Logo depois de passar pelo portal eu não consegui nem caminhar direito. Ficava dando pulinhos no mesmo lugar tentando achar uma maneira de trocar os passos mais lento.


Fiquei esperando o Flavio por alguns minutos e logo ele chegou para comemorarmos juntos nossa primeira maratona.


Pegamos algumas frutas e nos hidratamos e começamos a caminhar em direção a pousada. Foram momentos difíceis. O corpo esfriou e os músculos começaram a contrair. A sensação dessa caminhada foi bem estranha e dolorosa. Chegamos na pousada e o Sr. Cláudio já estava fazendo o almoço. Ele fez questão de tirar umas fotos.



Relaxamos e ficamos contando tudo o que aconteceu durante a prova. Logo chegou o baiano e aí sim tivemos histórias para ouvir e contar. Rimos e aproveitamos bastante esse momento.


Depois do almoço, fui descansar no quarto ouvindo o barulhinho do mar. Logo depois nos despedimos do Sr. Cláudio e da ilha de Florianópolis.


Foi uma experiência incrível, quem sabe um dia volto a fazer uma maratona novamente.

Abaixo segue um vídeo da maratona feito pelo Flavio.


Muito obrigado e até a próxima.

Confira minha corrida no Garmin:

Confira minha corrida no Strava:

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