sábado, 14 de fevereiro de 2015

14/02/2015 - Fui ali no Paraná e já voltei

Esse final de semana está sendo de muita chuva na região. Eu precisava fazer um treininho para não ficar muito tempo parado. Saí de casa já passava das 8:00 hs com destino à Garuva - SC. Chovia muito e tinha a presença de um leve vento á favor.




Segui pela BR-101 sempre dando aquela forçadinha e cheguei no trevo de Garuva com média de 31 km/h e tinha muito congestionamento para atravessar a cidade com destino às praias. Como foi um pedal rápido resolvi dar mais uma esticada até o marco de pedra que divide os estados de Santa Catarina e Paraná.





Cheguei no local mas ainda não estava contente com o meu pedal. Então segui pedalando em terras paranaenses e peguei uma estrada de chão á direita da rodovia, pedalei por uns dois quilômetros e cheguei na comunidade centenária do Saí-Guaçu.




Divisa dos estados: Paraná e Santa Catarina


A chuva atrapalhava um pouco a qualidade das fotos deixando a lente sempre com muita água. Aqui o rio divide os estados novamente, ao atravessar a ponte pisamos em terras catarinenses onde se encontra a comunidade do Saí-Guaçu.


Em meio a butucas, pernilongos e muita chuva encontrei a dona Isabel, sobrinha da fundadora dessa comunidade, com enxada na mão e cuidando das plantas.


Ela já foi me contando sobre o início da comunidade, fundada por portugueses que vieram fugidos da guerra e desembarcaram no Rio Palmital.

Igreja católica do Sagrado Coração de Jesus

Salão de eventos e festas




Cemitério
Nas: 08/03/1898, fal 25/05/1989 - Maria José de Moura - fundadora dessa comunidade.
Me despedi da dona Isabel que me convidou para fazer outros pedais pelas estradas da região. Não pedi para tirar uma foto com ela, achei que seria muito abuso de minha parte mas acho que ela teria aceitado. Antes passei pelo porto da comunidade ao lado da ponte coberta.




Peguei o asfalto novamente e agora senti o ventinho contra. Gostei da ideia de pedalar na estrada de chão e já que ela falou em Rio Palmital porque não dar uma passadinha por lá? Entrei na SC-416, que dá acesso ao porto de Itapoá.





Saí do asfalto e fui até a comunidade do Sol Nascente.




Segui pela estrada de chão sempre tentando dar uma forçadinha para me acostumar com a velocidade em terrenos acidentados, mas estava difícil. Fiz uma paradinha para pegar algumas goiabas.


O pedal continuou bem molhado. Enquanto eu estava em movimento não sentia frio, mas era só dar uma paradinha que meu corpo já gelava. Eu já estava todo ensopado e com areia até no pensamento. Pedalei mais alguns quilômetros para chegar na comunidade do Baraharas.



Continuei sentido Palmital num sobe e desce bem cansativo, a chuva continuava e eu precisava fazer mais uma paradinha.


Cheguei na Estrada do Palmital e fiquei surpreso ao ver a antiga estradinha de chão asfaltada. São as obras do contorno viário de Garuva.



Segui um bom trecho pelo asfalto, mas para chegar na lanchonete que eu queria parar era preciso pegar a estrada antiga, foi o que fiz. Cheguei na lanchonete e comprei salgados e água e fiquei consumindo as margens do Rio Palmital.



Essa paradinha me deu mais forças para continuar e também eu não podia ficar muito tempo parado pois já estava esfriando. Segui pela estradinha de chão e cheguei novamente no asfalto. Aqui as máquinas ainda estão trabalhando e o jeito é enfrentar a estrada de chão.


Fábrica de tratores LS Mtron

Entrei numa estrada entre as arrozeiras e segui sentido Rio Bonito.


No caminho uma propriedade antiga me chamou a atenção.



Acho que vou ficar por aqui mesmo.
Fiquei sem água novamente, apesar de tanta chuva, agora eu só pensava em chegar em casa, mas ainda tinha muito chão para rodar.

Ponte sobre o rio Três Barras




Agora a chuva engrossou e o ventinho contra continuava. Cadê o asfalto? Já cansei de estrada de chão rssss.



Cheguei no Rio Bonito na Estrada do Palmeiras onde o asfalto já chegou.



Fiz minha última parada no Posto Rudnick ás 13:00 hs. Me lavei um pouco e tomei o restante da suplementação. Eu já estava bem casado.


Saí do posto ás 13:20 hs com as energias renovadas, que bom pois agora nos últimos quilômetros a chuva pegou para valer com pingos que chegavam a arder o lombo. Que delícia.


Cheguei em casa ás 13:50 hs com 123 km rodados e uma boa aventura para contar. Não foi um pedal de muita curtição, pelo contrário, resolvi sair da zona de conforto e ir por caminhos mais difíceis para enfrentar todos os problemas que surgem nesses momentos. Pena que não furou nenhum pneu, kkkkk, brincadeira. Para quem já enfrentou um audax 1000K o pedal que fiz hoje foi passeio no bosque.


Abraços e até a próxima.

Confira minha pedalada no Garmin:

Confira minha pedalada no Strava:

2 comentários:

  1. Pedal na chuva e em estradão sempre são mais cansativos... Mas se fosse prá ser fácil tenho certeza que você nem sairia de casa! Sorte a minha que você não convidou para esse pedal! Hahaha cansei só de ler... Abraço.

    ResponderExcluir