sábado, 18 de agosto de 2012

18/08/2012 - Cachoeira Casarão e Saí-Mirim

Esse é mais um final de semana que fui para Itapoá dar uma força para terminarmos a casa da praia até a temporada. Dessa vez resolvi ir de bike e fazer um percurso diferente. Uma vez meu pai falou que tem uma estrada na Vila da Glória que sai na localidade do Saí-Mirim, acho que pertence ao município de Garuva. No sábado acordei ás 5:30 hs para sair de casa ás 6:00 hs, já deixei tudo pronto, inclusive na sexta-feira quando fui fazer um check-up na bike vi que o pneu estava furado. Acabei saindo de casa ás 6:05 hs e entrei na avenida Santos Dumont sentido aeroporto. Tinha um vento contra muito forte e alguns pingos de chuva, era difícil manter os 20 km/h e eu estava meio preocupado pois eu queria pegar a balsa das 6:30 hs. Quando estava chegando na Vigorelli vi a balsa saindo. Perdi a balsa e fiquei esperando sob o telhado de uma lanchonete que tem ao lado da bilheteria. O vento estava muito forte, estava frio e caia uns pingos d'água de vez em quando.
O céu estava meio estranho, muitas nuvens, algumas cinzas outras brancas e ás vezes era possível ver o céu.
Eu estava justamente pensando nisso quando de repente uma rajada de vento empurra a cortina plástica da lanchonete e derruba o banco que a segurava. O sarrafo da parte de baixo do plástico quase me acertou.
Ás 7:10 hs chegou a balsa e ela só saiu ás 7:30 hs, esses cinco minutos que me atrasei para sair de casa me custaram uma hora de espera. Tudo bem hoje não é dia de bater cartão. Durante a travessia alguns já faziam festa.
Cheguei no Gibraltar e dei de cara com o asfalto novinho ainda molhado. Estão trabalhando há tempo nessa rodovia, mas falta muito para terminar. Fui pedalando sentido Vila da Glória.
Cheguei em Estaleiro e tirei a capa corta-vento. O vento estava diminuindo e parecia que o tempo ia melhorar.
Chegando na Vila da Glória percebi a maré muito baixa e mais longe o porto de São Francisco do Sul.
Na Vila da Glória fui até o trapiche, tirei uma foto lá e fui pedir informação para saber onde ficava a estrada do Saí.
Pedi informação para um morador local para saber como chegar no Saí-Mirim e fui informado que eu tinha passado da entrada uns 300 metros e que o Saí-Mirim ficava depois da serrinha. Como assim serrinha? Fiquei pensando. Voltei e agora sim vi a placa.
Fui pedalando por essa estrada que no começo tem bastante casas. Logo estava vendo só a estrada e mato. O barulho de água correndo paralela à estrada também é constante.
Continuei pedalando e comecei a sentir a serrinha. É uma subida não muito íngreme mas que tem 4 km.
Depois de toda essa subida veio a descida, muito perigosa e com areia solta, algumas curvas fechadas e se sair da estrada a queda é longa. Mais um rio com águas transparentes.
Pedalei mais uns quilômetros e avistei a estrada que leva para a Cachoeira Casarão. Como é propriedade particular o proprietário cobra uma taxa de R$ 5,00 por pessoa.
Fui até o final da estrada onde vi uma casa grande construída sobre pedras, a fumaça saía da chaminé pois já tinha panelas sobre o fogão a lenha. Fui atendido por um casal de idosos muito gentis e que gostam de conversar.
Peguei a trilha em direção a cachoeira, agora o caminho é a pé, não pode subir com a bicicleta e neim dava mesmo. Deixei a bike no casarão e subi a trilha.
O lugar é muito bonito, a trilha é limpa e é possível ver o rio correndo mais abaixo. Subi uma escadaria e depois mais trilha.
O barulho de água começou a ficar mais forte e depois de cinco minutos de caminhada cheguei num dos lugares mais bonito que já vi.
A água era cristalina e formava dois poços entre as pedras. Excelente para um banho, se o clima e a água estivessem mais quentes.
Subi mais algumas pedras e cheguei no poço de cima onde a vista é fantástica. Muitas pessoas já viram isso em filmes.
Queria registrar uma foto com a cachoeira ao fundo, mas não achava um ângulo bom e sozinho preparar a câmera e sair correndo sobre as pedras com sapatilha é meio arriscado.
Lugar bom para um banho.

Saí da Cachoeira Casarão muito contente, pois só isso já valeu o passeio. Mas meu objetivo era chegar no Saí-Mirim de depois Itapoá.
O tempo ainda não tinha se firmado. O vento voltou mas não tinha jeito de chuva, já era 9:40 hs.
Mais quarenta minutos pedalando e cheguei no Saí-Mirim, a placa já indicava o rumo que eu tinha que tomar mas antes eu queria ir até a igreja para um registro rápido.
Foi nessa região que meu pai começou a criar abelhas e extrair mel em maior quantidade, foi quando o hobby passou a ser profissão. Lembro quando era criança e a gente passava ao lado dessa igreja para ir nos apiários. Hoje ele não tem mais abelhas aqui, apenas alguns amigos e lembranças, e em Joinville conhecem ele pelo mel dos Apiários Sol do Oriente.
Do campo de futebol em frente a igreja é possível ver a rodovia SC-415, que dá acesso ao porto de Itapoá.
Agora o caminho é pegar a SC-415 e chegar na casa em Itapoá.
O vento forte continuava, mas o céu estava azul e o sol brilhando.
Para fazer um caminho um pouco diferente fui até a areia e resolvi ir até em casa pedalando pela praia mesmo. Foi a primeira vez que fiz isso e é muito gostoso pedalar vendo o mar.
Assim foi o meu sábado, sobre duas rodas, conhecendo lugares novos e pessoas novas. Um dia que quando acordei vi o céu nublado e algumas gotas de chuva, mesmo assim tomei a atitude de sair de casa nessas condições e fazer o que eu tinha planejado. Não me arrependi. Cheguei na casa da praia ás 10:50 hs com 57 km rodados. Abaixo segue o vídeo dos últimos 3 minutos de pedal onde aparece também eu me embabacando com a areia fofa e a sapatilha.

2 comentários:

  1. Jefo, você esta se especializando em criar roteiros e surpreender os leitores do Blog.
    "O carater de um homem e suas Atitudes são eternas"

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    1. Valeu Maneca. Um dos objetivos é esse mesmo, mostrar que existe lugares maravilhosos próximos de nós. Abraço.

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