sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

02/01/2015 - Paranaguá - PR

Primeiramente um feliz 2015 á todos os leitores do blog. Espero que esse espaço esteja sendo útil para aqueles que gostam de atividades outdoor.

Passei a virada de ano na praia de Itapoá litoral norte de Santa Catarina. Levei a bike junto para dar uma escapada assim que possível. Depois de alguns dias de muito calor e chuva, resolvi acordar cedo na primeira sexta-feira do ano com o destino já traçado em mente: porto de Paranaguá localizado na Baía de Paranaguá no estado do Paraná.


Eu já conhecia boa parte do caminho, até na BR-277 é o mesmo caminho que fiz no Audax 1000K. Saí de casa ás 6:00 hs e percorri toda a orla da praia na esperança de presenciar o sol nascendo. Mas o tempo estava muito nublado e o sol demorou para aparecer.



Hotel Rainha
Nesse início de manhã a temperatura era agradável e com uma hora de pedal já estava passando pelo rio Saí-Guaçu, divisa entre os estados de Santa Catarina e Paraná e quatro minutos depois já estava passando pela polícia rodoviária estadual.



Segui pela PR-412, ou rodovia Máximo Jamur, até Guaratuba onde optei seguir pela avenida beira mar.



Chegando na praia de Guaratuba temos uma linda vista do Morro do Cristo. Segui pelo calçadão da Avenida Atlântica onde a ciclovia fica entre duas calçadas para pedestres. Mas era difícil andar nessa ciclovia sem precisar desviar dos donos do calçadão.




Chegou a hora de sair do plano e dar uma forçadinha nas pernas na subida pra o acesso à balsa.



Depois de contemplar a vista é só curtir a descida e frear já dentro da balsa, sempre tomando cuidado para não passar direto.


Enquanto a balsa não saía tirei algumas fotos e curti o forte vento terral.





Durante a travessia encontrei dois ciclistas de MTB, mas estavam do outro lado da balsa e os vários carros dificultavam o acesso para eu chegar até eles e conversar um pouco.




Já do outro lado, mais morro para subir.


Passei por Caiobá e em Matinhos me perdi um pouco com a orientação do GPS que estava me jogando para a PR-508, mas eu queria continuar pelo litoral. Então voltei e resolvi desligar a navegação do aparelho e seguir meus instintos. Nesse momento o sol já mostrava a sua força e a temperatura subiu rápido.




Em Praia de Leste segui pela PR-407 e cheguei na cidade de Pontal do Paraná onde parei para descansar um pouco e fazer um lanche depois de três horas de pedal e 70 km rodados.





Continuei nessa reta que aparentemente não tem fim, afinal são quase 18 km até a BR-277 com mato dos dois lados da rodovia e pouco sinal de civilização.



Do meu lado esquerdo já era possível avistar as montanhas, mas eu ia para a direita onde fica o litoral.




Na entrada de Paranaguá decidi seguir pela rodovia dos caminhões ao invés de entrar no centro da cidade, afinal meu objetivo era apenas chegar até no porto.





Eu não conseguia avistar o porto, então pedi informação para um ciclista que estava com o uniforme do porto e ele me disse que era só seguir reto.





Continuei seguindo reto, conforme fui orientado, mas entrei em uma região residencial. Olhava para frente, para os lados e nada de avistar um acesso ao porto. De repente comecei a ver grandes silos á margem da avenida.




Quando me dei conta eu já estava dentro do porto, em meio aos caminhões e vagões de trens.


Fui chegando mais perto e avistei a portaria de entrada dos caminhões, ali eu não podia entrar, apenas avistar de longe o que deveria ser um pequeno transatlântico atracado. Era 10:35 hs e 95 km percorridos.




Percorri toda a Avenida Portuária e fui registrando o que eu achava interessante. Esse lugar é muito grande.






Meu objetivo estava parcialmente concluído pois agora restava voltar para casa. Procurei um mercadinho próximo, me abasteci de água e comecei minha jornada de volta.





Agora eu tinha a visão das montanhas.




Entrei na rodovia rumo ao Pontal do Paraná e passando pela placa informativa do início da rodovia lembrei do Maneca. Quando passamos por aqui em outubro ele admitiu que não gosta nada de pedalar nesse retão deserto.


Era 11:40 hs e sol castigava. Resolvi parar no primeiro restaurante que eu visse para repor as energias e claro, fugir um pouco do calor.


Ambiente climatizado é o que eu queria nesse momento.
A parada foi rápida, cerca de 20 minutos eu já estava pronto para continuar a luta contra o calor e agora contra o intenso movimento que já ser formava nas rodovias da região.



Durante esse trajeto até Caiobá parei por várias vezes para descansar um pouco na sombra e repor o protetor solar. Há 6 Km da balsa a fila de carros já estava parada. Nessas horas dá mais prazer ainda de estar sobre duas rodas.


Subi a morreba de acesso à balsa e já fui procurando um lugar para me acomodar. Reencontrei os mesmos ciclistas, Fábio e Gustavo, que eu havia avistado de manhã e dessa vez conseguimos conversar um pouco. Eles tinham ido até uma cachoeira que agora não vou lembrar o nome. São praticantes de triathlon, uma modalidade que ainda pretendo encarar. Vi que o Fábio vestia a camisa do Audax 200K e perguntei sobre o que achou do desafio, mas ele tinha ganhado a camisa e não sabia do que se tratava, então dei uma explicação rápida sobre o assunto.



Fábio e Gustavo
Me despedi dessa dupla e eu já precisava parar de novo para comprar mais água. Quando avistei uma barraquinha parei e por sorte tinha isotônico também. Ainda deu tempo de tomar uma água de coco.


Agora as forças voltaram. Ainda bem pois começou um vento muito forte que vinha de todas as direções e levantava tudo quanto é tipo de sujeira do chão. Olhando para a serra tive um mal pressentimento.


Avistei a chuva chegando mas nem me preocupei em colocar a capa de chuva. Eu queria era que chovesse mesmo para aliviar um pouco esse calorão. Molhado eu já estava.


Quando cheguei no acesso á Itapoá a chuva despencou e refrescou esse corpo ardido do sol. O único problema era o vento contra.




Depois de lutar muito contra a água e o vento cheguei na praia e resolvi seguir por uma rodovia alternativa mas que tem ciclovia. Péssima ideia, ciclovia cheia de areia só incomoda e deixa a bike suja e instável.



Fui lutando contra o vento e a velocidade média nesse trecho foi de 20 km/h. Na rua de acesso á casa onde eu estava olhei para o ciclocomputador e marcava 193 km. Pensei em fazer igual ao Maneca e dar voltas na quadra até arredondar a quilometragem mas eu não tinha mais forças e nem paciência para isso.


Sendo assim completei o meu objetivo em 10:10 hs e ainda deu tempo de chegar em casa para um café. Mas antes fui tomar um banho enquanto minha esposa deu um trato na bike para tirar a areia. Afinal ela também é patrocinadora dessa máquina.

Lava direitinho rssss.
Confira minha pedalada no Garmin:

Confira minha pedalada no Strava:

2 comentários:

  1. Oi Jefo
    Só você mesmo para iniciar o ano com pedal longo e no percurso do Audax para relembrar todas as dificuldades passadas
    Na próxima me convida " amo muito tudo isso "
    Abraços
    Fabinho

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    1. Claro que te convido né Fabinho. Sei que deve estar sendo difícil ver a gente pedalando por aí enquanto você tem que ficar de molho no sofá. Mas faz o tratamento ai certinho para nunca mais ter problemas e vamos treinar. Abraço.

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