segunda-feira, 23 de julho de 2012

22/07/2012 - Audax 200 km Balneário Camboriú

Depois de duas semanas me recuperando de uma "lesão" da corrida Todos Pelo Diabetes resolvi voltar ás atividades físicas. Para recomeçar no ritmo fiz um pedal na quinta á noite dia 19/07 na SC-413 (rodovia do arroz) até a BR-280 e voltando pela BR-101 na companhia do Marcelo C., Mario, Alexandre, Fernando, Samuel e Júnior. Estava um frio de doer e para ajudar furou o pneu da minha bike á 2 km da BR-101. Isso já serviu de alerta para enfrentar o Audax 200 km no domingo. Depois de muita expectativa chegou o dia de enfrentar os 200 km. Era 6:00 hs quando cheguei na concentração e passei pela inspeção onde eram verificados os faróis, lanternas, capacete e colete refletivo.

Foto: TrilhasBR
Aproximadamente ás 6:30 hs foi dado início ao Audax 200 e Dasafio 100. A saída foi no campus da Univali em Balneário Camboriú. No trajeto inicial, seguimos um carro madrinha que puxou o pelotão de ciclistas até a Avenida do Estado. Como eram muitos ciclistas eu e o Alexandre nos afastamos um pouco dos outros colegas.
Foto: TrilhasBR
Na lista de confirmados eram 158 ciclistas participando do Audax 200 e 98 ciclistas participando do Desafio 100. Passamos por toda a beira mar de Balneário Camboriú e subimos a Avenida do Estado em direção á Praia Brava quando começou a amanhecer o dia.
Foto: TrilhasBR

Quando chegamos em Itajaí o grupo começou a se dispersar formando vários pequenos grupos de 3 a 6 ciclistas.
Foto: TrilhasBR
Em Itajaí pedalei com o Alexandre, o Carlos e um amigo do Carlos. Passamos pelo Porto de Itajaí e seguimos em direção á BR-101.
Atravessamos a BR-101 e seguimos pela SC-470 em direção á Ilhota.
Foto: TrilhasBR
A nossa direita começaram a aparecer longas pastagens e algumas plantações.
O sol ainda estava tímido mas seus raios já refletiam sobre o Rio Itajaí.
Com mais ou menos 55 km pedalados chegamos em Ilhota no primeiro posto de controle (PC1) e carimbamos nosso passaporte com tempo de sobra. Para minha surpresa havia pão com doce de leite, frutas e água á vontade, além disso todo o percurso estava muito bem sinalizado.
Nessa parada reencontramos o pessoal e todos ainda estavam muito empolgados. Alguns aproveitaram para fazer alongamentos.
Saímos juntos em direção á Gaspar. Agora o grupo ficou grande: eu, Marcelo, Marcio, Fernando, Moisés, Alexandre e a Patrícia que conhecemos nesse pedal.
Chegamos em Gaspar mas isso não significava muita coisa, o nosso objetivo é chegar no PC2 que ficava em Brusque. Seguimos para lá via SC-411.
Já em Brusque fomos pedalando na beira do Rio Itajaí-Mirim.

Foto: TrilhasBR

Passamos pelo centro de Brusque, porém o PC2 ficava mais no interior da cidade, na região de Águas Claras. Fizemos o contorno no trevo e passamos por baixo do viaduto.
Foto: TrilhasBR
Nesse percurso tem um trecho de ciclovia, mas depois começou o calçamento e daí não tem suspensão que alivie a vibração dos pneus 1.50 com 80 psi.
Depois de 100 km rodados chegamos no PC2. Não sei se era sede ou fome, mas a tangerina estava uma delícia, comi três.
Saímos juntos do PC2 mas a alegria durou pouco, acabou a brincadeira, começaram as subidas e como cada um tem um ritmo diferente para subir, o grupo se dispersou novamente. Seguimos em direção á Nova Trento e pedalei alguns quilômetros com o Marcelo e o Márcio.
Foto: TrilhasBR
Nesse momento estava em um ritmo bom e se eu parasse as caimbras incomodavam. Então desse ponto em diante pedalei sozinho.
O PC3 ficava no mesmo local do PC2, porém era necessário fazer essa volta por Nova Trento e São João Batista e depois retornar para Brusque.
Foram longas subidas e depois uma boa descida para descansar um pouco as pernas. O que não foi legal novamente foi o longo trecho de calçamento dentro da cidade de Nova Trento, mas faz parte do desafio e se eu não quisesse desafios pedalava na bicicleta ergométrica.
Deixei a cidade de Nova Trento rumo á São João Batista. O trajeto ficou um pouco mais plano com subidas e descidas leves.
Em São João Batista sai da SC-411 e peguei a SC-408 para retornar para Brusque e pegar meu último carimbo.
Daqui em diante começaram muitas subidas longas, as pernas estavam cansadas e comecei a sentir um pouco de dor nas costas, tentava não olhar para frente, apenas olhava o pneu dianteiro girando. A estrada era perigosa e sem acostamento. Passei por alguns ciclistas empurrando as bikes e muitos remendando pneus furados. A empolgação acabou e parei de tirar fotos, cheguei no PC3, não fiquei lá cinco minutos e já comecei a pedalar novamente. Só pensava em terminar a prova. Passei por Brusque novamente e peguei a BR-486.
Agora eu não sentia mais as pernas, elas simplesmente se mexiam sozinhas, a dificuldade agora era psicológica, eu estava sozinho, cansado e com fome, acho que não era fome mas não queria mais comer barrinha de cereal e fruta. Começou um vento contra forte, muitos começaram a passar por mim, eu forçava os pedais mas o velocímetro não passava de 17 km/h. Cheguei em Itajaí e tive que parar uns 10 minutos, aquilo renovou um pouco e deu força para subir a Avenida do Estado e chegar em Balneário Camboriú depois de 11 horas e 44 minutos da largada e percorridos 202,74 km.
Foto: TrilhasBR

Até que enfim terminou e recebi o tão esperado certificado de conclusão da prova.
Foto: TrilhasBR
Esse foi um domingo muito diferente. Isso é diferente de competição e de cicloturismo, eu considero uma prova de regularidade onde mexe com a parte física e psicológica do ciclista. Muito obrigado pela companhia de todos os colegas de pedalada e pelas novas amizades que a gente sempre faz nesses eventos. Parabéns a todos. Agora estamos "habilitados" a fazer o Audax 300 ainda esse ano.
Abaixo o trajeto, início em azul, verde, amarelo e vermelho fim.

8 comentários:

  1. Parabéns Jeferson e aos demais participantes pelo desafio e superação. Muito legal.

    At.
    Marcelo Costa

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  2. Muito bom o relato, parabéns!
    Abraço!

    Atte.
    Alexandre

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  3. Realmente depois dos 150Km, tudo fica mais difícel. Muito bom, sempre se superando hein! É isso aí garoto, segue firme rumo ao Audax 300!

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    1. É isso ai Maneca, não faltou determinação para chegar até o final. A gente sabe que na hora ficamos pensando "o que estou fazendo aqui", mas no outro dia dá vontade de fazer de novo.

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  4. Muito bom o relato e as fotos.

    Só quem foi neste Audax sabe a emoção que foi completar o evento depois de 200km com vento, dores e duas serras no trajeto.

    Parabéns!

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    1. É mesmo Marcelo, as duas serrinhas e os últimos 50 km foram mesmo uma prova de resistência física e psicológica. A emoção de completar esse desafio é incrível. Valeu.

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