Olha eu aqui de novo. Ás vezes dá vontade de voltar a escrever esse blog, o mais legal é que está tudo documentado aqui. Cada vez que eu preciso achar alguma foto ou data de alguma aventura minha eu recorro a esse blog.
Mas não foi pra isso que vim aqui. Vim contar como foi minha quarta aventura até o Santuário Madre Paulina e dez anos da primeira vez que fui com o Maneca, Cassiba e Cabelo.
Na segunda vez ao santuário o Cassiba abortou (pra variar) e foi eu, Maneca e Cabelo.
Na terceira vez fui sozinho, saí ás 5:00hs e cheguei ás 20;00hs. Por isso eu achava desnecessário sair mais cedo. Mas teria sido melhor.
Nos encontramos às 5:00hs no pórtico de Joinville e seguimos pela BR-101 sentido sul.
Depois o pedal fluiu bem, mesmo com pista molhada. O Maneca guardava um pouco das forças nas subidas, pois ainda tinha muito chão pela frente.
Fizemos mais uma parada em Balneário Camboriú para fotos e mais uma no Posto Tigrão, antes de subir o Morro do Boi. O Maneca cogitou passar pelo túnel, mas claro que eu ignorei, pois ele só podia estar brincando.
A descida do morro foi espetacular, e a vista do mar estava incrível. Passamos Itapema, Porto Belo e chegando em Tijucas fura o pneu da bike do Maneca.
Acho que foram 8 minutos com brincadeiras e poses para as fotos. Atravessamos a cidade, agora na ciclofaixa. Paramos em um caldo de cana para hidratar e comer uns salgados. O sol contrariou todas as previsões e estava judiando rssss.
Depois de Canelinha e São João Batista a cidade de Nova Trento ainda mantém alguns trechos de calçamento, para a tristeza dos speedeiros.
Chegamos tarde no Santuário, por volta das 12:30hs. Fizemos a tradicional subida pela escadaria carregando as bikes. Fizemos algumas fotos e sentamos à sombra. Mentalmente fiz minhas orações e agradecimentos pela minha vida, minha saúde e pela proteção dos meus amigos e familiares.
Já passava das 13:00hs quando levantamos acampamento. Eu estava meio preocupado com o retorno, pois estou há algum tempo sem fazer esses pedais longos e estou 10 anos mais velho, desde a primeira vez que estive aqui.
Como esperado o calçamento quase desmontou a bike. A serrinha e o sol se uniram para dar o golpe de misericórdia no restante das minhas forças.
Em Brusque o Maneca quis me mostras o seu novo atalho, a ciclovia de Brusque. Um local longe da muvuca do centro de Brusque. Nesse momento senti a marreta do Thor me acertando e fiquei sem forças e preocupado. Sentei um pouco em uma sombra e comi um salgadinho oferecido pelo Maneca.
Saindo da ciclovia, paramos em um mercadinho para reforçar o açúcar e o sal na corrente sanguínea. Mas no nosso desespero, chutamos o balde.
Concluímos o restante da rodovia sentido Itajaí com um vento contra chato pra caramba. Normal para essa região.
Quando chegamos na BR-101 o vento nos ajudou e o pedal rendeu por alguns quilômetros. Paramos logo depois da ponte do rio Itajaí para usarmos o banheiro e tomar um rodízio de caldo de cana. Encontramos outro viajante de bike que estava vindo de Arroio do Silva e tinha como destino São Francisco do Sul.
A noite chegou, meu humor já tinha mudado, parei com as fotos e eu só queria chegar em casa.
Pra dar aquela "animada" começou a chover. Paramos para colocar os corta vento e o pedal foi mais devagar. Muita sujeira e buracos na pista se tornam mais perigosos quando chove.
Chegamos no bairro Floresta, onde me despedi do Maneca e fui para casa rezando para não furar algum pneu.
Graças a Deus deu tudo certo, apesar de todos os desafios e perrengues que passamos. Quero agradecer ao Maneca pela parceria em mais um aventura. Abraços!
Confira minha pedalada no Garmin: