domingo, 14 de setembro de 2014

14/09/2014 - Benedito Novo - SC

Marquei para esse dia fazer um pedal mais longo. O destino era para ser Balneário Camboriú e só o Maneca topou. Na noite anterior eu já estava me acomodando para dormir quando recebo uma mensagem do Maneca. Ele havia recebido uma mensagem do Adilson da Furbo que fez nosso uniforme para o Audax 1000 com os devidos patrocinadores. Na mensagem o Adilson avisava que os uniformes estavam prontos e caso a gente quisesse retirar no domingo ele estaria lá para fazer a entrega. Como nossos próximos finais de semana já estão comprometidos e a gente já estava planejando em fazer um pedal até lá, não pensamos duas vezes, enviamos a confirmação que estaríamos lá antes do meio dia para fazer a retirada. Nos encontramos na ponte do rio Piraí na rodovia do arroz ás 5:00 hs.



O clima estava agradável e o pedal fluía bem. Não demorou muito para chegarmos na BR-280 e logo a gente já estava atravessando Jaraguá do Sul. Ao chegar no pé da serra o dia amanheceu.









Essa serrinha é bem desgastante e fizemos nossa parada obrigatória na bica ao lado da rodovia.








Com as garrafinhas cheias subimos o restante da serrinha e depois nem enjoamos de descer e já estávamos no portal da cidade de Pomerode onde chegamos ás 7:30 hs para fazer um lanche.










Como não deu tempo de verificar o mapa antes, o jeito foi usar o GPS.




Apesar de ver a placa de Timbó, passamos da entrada confiando no trajeto do GPS, mas o maldito sempre tentava levar a gente para a BR-470 o que a gente não queria. Ao perceber que iríamos pelo caminho mais longo e perigoso voltamos e pegamos o caminho correto para enfrentar mais uma subida.








Fomos olhando o trajeto no mapa do GPS, observando as placas e perguntando às pessoas. Todos diziam que era longe e ainda tinha muita subida. Depois de passar por Guaramirim, Jaraguá do Sul, Pomerode, Rio dos Cedros, Timbó e Rodeio, chegamos em Benedito Novo. Ao chegar na cidade era preciso subir ainda mais para chegar no nosso destino.





O bom de cidade pequena é que todo mundo conhece todo mundo. Era só falar o sobrenome da pessoa e eles já falavam o caminho a seguir, mas nunca se esqueciam de dizer que ainda tinha subida pra caramba.

Alto Benedito Novo é pra lá que nós vamos.
A subida dessa serrinha foi muito cansativa pois estávamos bastante cansados e o sol já estava torrando nossas cabeças. Mas o visual foi compensador tendo ao nosso lado o volumoso rio Benedito.





Após mais algumas dicas de moradores achamos a casa do Adilson, a fábrica dele fica próxima e ele nos acompanhou até lá de bike. Chegamos lá e ficamos muito contente com a qualidade dos uniformes fabricados pela Furbo (MBL Confecções) além do preço justo. Ficamos lá um tempo e já fomos apresentados aos familiares.



Nos convidaram para almoçar mas infelizmente nosso tempo é curto, agradecemos e nos despedimos. Paramos em uma mercearia ali perto para fazer o nosso almoço e partimos, agora para descer a serrinha.





O visual agora era outro pois era possível perceber as grandes montanhas que cercam a região. Fizemos o mesmo caminho da volta então a gente já sabia o que nos aguardava.





A serrinha entre Rio dos Cedros e Pomerode foi bem desgastante, agora a gente estava com as mochilas cheias de uniformes, cansados e o sol não dava trégua.




Enfrentamos o calçamento de Pomerode e paramos novamente próximo ao portal da cidade para o nosso lanche.




A última serrinha nos aguardava então não deixamos ela esperando muito. Subimos bem devagar, só "curtindo" o momento e tentando não olhar para frente, pois sempre depois de uma curva vinha uma decepção. Superada essa serra não deu muito tempo de descida e paramos novamente na bica para abastecer as garrafinhas.




Curtimos mais um pouco a descida onde quase atingi a casa dos 70 km/h. Enfrentamos o trânsito de Jaraguá do Sul mas o pior foi o vento contra que permaneceu forte nesse trajeto. O Maneca estava bem cansado então resolvi puxar esse trecho para dar um descanso pro nanico. Ao chegar na rodovia fizemos uma breve parada para recompor nosso fôlego.


Nos despedimos na BR-280, o Maneca seguiu até a BR-101 e eu segui pela rodovia do arroz.


Esses 25 km até em casa parece que não passam nunca. Mas quem pedala sempre alcança e ao chegar em casa a sensação de dever cumprido toma conta da minha mente e um breve filme passa pela minha cabeça de todos os momentos que passei sobre duas rodas nesses 227 km.


Muito obrigado ao Maneca pela companhia e pelo belo trajeto, obrigado também ao Adilson Balsanelli da Furbo pelos uniformes e pela recepção. Abraço.

Confira a pedalada no Garmin:
Confira a pedalada no Strava:

domingo, 7 de setembro de 2014

07/09/2014 - Treino no Mirante da Dona Chica

Acordei hoje com muitas dores nos ombros, só pode ser reflexo do treino de natação de ontem. Na parte da manhã os ciclistas de plantão estavam tranquilos. Então foi possível descansar bastante. Mas na parte da tarde marcamos para nos encontrar ás 15:00 hs na tradicional placa da Dona Francisca. Cheguei pontualmente no horário marcado e não havia ninguém lá.


Enviando um whatsapp pra galera.
Não demorou muito para eu começar a ouvir os apitos do Maneca que vinha empurrando a bike com o pneu furado. Fizemos a troca bem rápido e logo partimos para o nosso objetivo. O ritmo foi frenético como a tempos eu não fazia.







Quando estávamos chegando na entrada do Quiriri encontramos o Cassiba descendo a serra. Paramos, descansamos e conversamos bastante. Tentamos convencê-lo em subir de novo mas sem sucesso.



Nos despedimos do Cassiba e continuamos nossa empreitada. Até a ponte giramos mais tranquilos para evitar o desgaste prematuro. Na ponte paramos para descansar de novo.



Daqui em diante não tem mais conversa nem fotos. É quem mais pode numa disputa sadia onde eu sabia que seria difícil ganhar do nanico. Saí na frente e puxei o Maneca até no guincho, onde não consegui mais manter o ritmo e o Maneca me passou. Na verdade ele poderia ter feito isso bem antes, ele apenas estava na zona de conforto. Continuamos pedalando no nosso máximo e próximo ao mirante uma fina garoa nos refrescava. O meu tempo foi bom, mas o Maneca chegou um minuto antes.








Ficamos muito tempo parados e começou a esfriar um pouco. Colocamos um corta vento para dar mais conforto na descida e no pórtico do Quiriri tiramos novamente.




Antes de anoitecer a gente já estava em casa. Assim foi mais um dia de diversão, treino, pedalada e encontrar os amigos.



Até a próxima. Abraços.

Confira a pedalada no Garmin:
Confira a pedalada no Strava:

sábado, 6 de setembro de 2014

06/09/2014 - 1º Treino de Natação para Travessias e Triathlon

Sempre tive muita vontade de encarar uma prova de triathlon. Tenho feito alguns treinos de corrida e bike, mas apesar de saber nadar, nunca tive uma experiência ou orientação sobre as técnicas de nadar no mar. E sempre pensei que para participar de uma prova dessas eu precisava ter um equipamento top. Mas me enganei quando li o relato da Priscilla Picasky da Costa sobre sua primeira experiência no triathlon. Ela conta de um jeito que é possível dar boas risadas, mas me chamou a atenção a coragem dela participar de uma competição dessas apenas com os equipamentos básicos, provando que para realizarmos nossos desejos basta ter atitude. Para participar dessas competições é necessário também um investimento financeiro e ela lançou o Leilão da Depressão para arrecadar itens e dinheiro com o objetivo de financiar a sua segunda participação numa prova de triathon. Essa é a maneira que nós atletas amadores recorremos para participar de algum evento que exige mais investimento, eu já fiz isso, meus amigos já fizeram e se não for assim é difícil participar dessas competições. Consegui uma bisnaga de mel para ela colocar na sua cesta do leilão, um protetor auricular para a natação e com meu amigo Flávio um par de pneus slicks para a pedalada render melhor. Enviei um e-mail para ela dizendo que eu tinha esses itens para ajudá-la nesse novo desafio e já pedi umas orientações sobre a natação.


Recebi a resposta já com um convite para dar umas braçadas. Um convite desses não dá para recusar e combinamos de eu ir para São Francisco do Sul no sábado levar os itens e já fazer meu primeiro treino de natação. Cheguei lá e fui muito bem recebido pela Priscilla, fomos até uma praia, que agora não vou lembrar o nome, e tive as primeiras orientações sobre a respiração e noções de orientação no mar. Ela já escolheu um horário para o treino onde a maré estaria cheia e não dificultar tanto para o nosso lado. Ganhei da Priscilla duas toucas para eu ir me familiarizando com o novo acessório obrigatório nas competições. Nos preparamos e é hora de enfrentar a água gelada.

minha cara de animado após sentir a temperatura da água
Mas quem tá no mar é para se molhar então entramos na água e comecei a dar umas braçadas. Não demorou muito para eu parar e arrumar os óculos que estavam entrando água. Tentamos mais um pouco e tive que parar de novo pois estava engolindo muita água. Eu olhava a Priscilla e ela nadava tranquilamente, dando braçadas longas e fazendo a respiração bem sincronizada. Eu vinha me batendo com a cabeça fora da água tentando me adaptar com a respiração. Na natação se puxa o ar pela boca e solta pelo nariz, ao contrário que estou acostumado a fazer nas corridas e na bike. Continuamos e fizemos o proposto de dar uma volta no mariscal e retornar. Foi um treino bom, não lembro bem a distância que a Priscilla falou mas acho que foi uns 600 metros e depois que você entra na água ela nem parece tão fria.


acho que era a touca que estava puxando minha sobrancelha rss
Resolvemos fazer mais um treino, agora próximo ao centro histórico. Deixei o carro em uma vaga de luxo de frente para o mar e definimos o novo trajeto para o treino.


Caímos na água de novo, eu já estava mais adaptado com a respiração, mas dava uns goles de água ás vezes o que fazia eu me apavorar um pouco. O problema agora era o cansaço, no retorno a correnteza fez a gente forçar um pouco as braçadas e me cansei rápido. Chegamos em terra firme e descansamos um pouco.


E assim foi mais um dia de treino. Um pouco diferente, mas era o que eu tinha vontade de fazer. Com as orientações que recebi da Priscilla posso fazer alguns treinos mais perto de casa para sincronizar melhor a respiração. Muito obrigado Priscilla pelo convite e pela paciência. Espero que consiga o valor necessário para a sua competição. No mesmo dia vou estar participando do Audax 600 km e quem sabe ano que vem conheço o mundo do triathlon. Bons treinos e boa sorte na competição. Abraços.