O dia já amanhecia quando entramos na mata e já percebemos o terreno e as plantas bem úmidas.
Na bifurcação pegamos o caminho da esquerda que vai para o Morro Pelado, o da direita leva até o Castelo dos Bugres.
Tivemos que passar por vários atoleiros pelo caminho, em um deles o Flavio quase perdeu seu lindo tênis.
O barulho de água foi ficando mais forte e ao lado da trilha encontramos um rio com duas quedas d'água.
Trilha muito fechada em alguns lugares |
Flavio procurando o tênis que ficou no atoleiro |
Depois de um bom tempo de caminhada começam a aparecer algumas fitas indicando o caminho. No início elas são raras, mas se tornam mais frequentes a medida que vai chegando próximo a pedra.
Essa trilha é pouco frequentada por praticantes de aventuras, mas pelo jeito caçadores e ladrões de palmitos não fazem o mesmo e ainda deixam rastro pelo caminho.
Depois de subir e descer dois morrinhos chegamos na grande pedra que na verdade é o Morro Pelado. Seguindo á direita tem a área para acampamento e á esquerda é a continuação da trilha e o acesso ao topo.
Primeiro fomos na área de acampamento que fica protegida pela enorme pedra.
Depois continuamos para o objetivo principal.
Por sorte uma alma bondosa deixou alguns metros de corda para facilitar a escalada na rocha.
Alguns metros de corda e várias raízes depois chegamos ao cume do Morro Pelado á 1011 metros de altitude acima do nível do mar, segundo o meu GPS.
Hotel Fazenda Dona Francisca |
Como não dava para ter a visão dos morros que eu queria, fui fazer o lanche e torcer para a serração ter se dissipado. Todo mundo fez o lanche em pé pois o Maneca já estava colecionando carrapatos e claro que ninguém queria levar esses monstrinhos para casa.
Logo depois o céu se abriu e pude ver o Pico Jurapê.
Pico Jurapê |
E do outro lado o Castelo dos Bugres.
Castelo dos Bugres |
Fabinho, Maneca, eu, Cabelo e Flavio |
Após muitas fotos, diversão e carrapatos, resolvemos descer o morro.
Parece que é mais difícil do que subir. Logo já estávamos na trilha e agora eram mais 5 km até o asfalto.
O Maneca também estava muito feliz de ter reencontrado o Morro Pelado, mas dizia que a floresta não queria a gente lá. Tanto falou isso que em um dos trechos demos uma volta até encontrar a sequencia da trilha.
"Viu só" - ele dizia - "isso foi uma armadilha que a mata fez para destruir a gente". Kkkk, ouvimos muitas estórias por mais de 5 horas.
Chegamos na bifurcação que havíamos iniciado.
O Flavio estava com o seu calçado ensopado e todo mundo estava muito sujo, molhado e com alguns carrapatos. Deixei novamente todos em casa e antes das 14:30 hs eu já estava em casa também.
Assim foi mais um dia de reunir os amigos e fazer uma atividade diferente, conhecendo e explorando os lugares da nossa região. Quem quiser fazer essa trilha, aconselho ter um bom conhecimento de mata e navegação GPS. Também precisa estar muito bem fisicamente. Essa trilha exige muita força nas pernas e nos braços. Montanhismo não é passeio, tem que estar preparado para qualquer situação. Abraços e até a próxima.
Confira minha caminhada no Garmin:
Confira minha caminhada no Strava:
Belo relato, estive aí nesse moro recentemente, ele exige bastante do condicionamento físico. Muita lama e muita vegetação fechada.
ResponderExcluirObrigado Alessandro. Exatamente, essa trilha que leva até o morro é bem traiçoeira. É preciso ter atenção e bom condicionamento físico como você falou. É uma pena que lá no topo o visual é um pouco restrito, mas vale a pena a aventura. Abraços.
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