Fiquei surpreso quando vi o Maneca de speed, pois na minha cabeça essas travessias pelo planalto entre Paraná e Santa Catarina sempre tem trechos longos de estrada de chão e como eu não perguntei nada, também ninguém me falou nada. Não demorou muito e chegou o Cassiba com sua MTB e pneu 1.0. Percebi que o bagulho ia ser puxado.
Saímos pela BR-101 em direção ao Paraná. A temperatura era amena e o asfalto ainda estava molhado. Fizemos uma parada na Auto Pista Litoral Sul para tomar um café antes de subir a serra.
Lua |
Pegamos a estrada novamente e no início da serra o dia começou a amanhecer. Fiquei um pouco para trás tentando me poupar nesse início de passeio.
Aqui não tem acostamento. É ombro a ombro com os caminhões |
Encontrei os dois na cachoeira da santa. Repomos água e as energias para continuar, ainda tem muita subida pela frente.
Enquanto isso o sol já iluminava o topo do Morro dos Perdidos.
Morro dos Perdidos |
Todo mundo já estava com fome e até agora foram consumidas apenas barrinhas e carboidratos em gel. O buffet livre seria servido no alto da serra onde chamamos de cabana e fica atrás do antigo posto da PRF.
Com o sol no lombo chegamos na tal cabana.
Big Mac |
O céu foi ficando cada vez mais azul e as nuvens cada vez mais raras. Fizemos mais uma paradinha na ponte sobre a represa Vossoroca.
Nosso próximo passo era achar a entrada para o centro de Tijucas do Sul, é claro que eu já vim prevenido com meu GPS pois sabia que meus guias iam ficar em dúvida na hora de pegar um desvio.
Assim que achamos a entrada furou o pneu da bike do Cassiba e fizemos a troca.
Eu e o Maneca ajudando o Cassiba |
Assim que entramos na rodovia percebemos que acostamento é luxo, por sorte não tinha tanto movimento e a paisagem era belíssima.
Fizemos uma parada num posto para o Cassiba calibrar os pneus.
O Homem Aranha estava meio desanimado |
O ritmo era bom e o calor era demais, mesmo assim estava rendendo o pedal com algumas subidas mas acho que tinham mais descidas.
Nanico imitando alguém que eu conheço |
Chegamos em Agudos do Sul. Aqui também é jogo rápido. Algumas fotos, pegar água e suplementação rápida. Bota a bunda no selim e pedala.
Agora era possível sentir o bafo úmido que saía das roupas e da sapatilha. Em baixo desse sol isso tudo começa a cozinhar.
Ás 11:20 hs chegamos em Pien. Uma cidadezinha de origem portuguesa com aproximadamente 12 mil habitantes. Entramos na cidade e fomos procurar um lugar para fazer nosso "almoço".
Logo na entrada havia um distribuidora de bebidas e ficamos por ali mesmo. O Maneca estava em contato com o Flavio para passar a nossa posição, pois ele queria vir ao nosso encontro.
Mais um "Big Mac" pra dentro e alguns suplementos acompanhados por uma Coca-Cola bem gelada foram o suficientes para reativarem os músculos. Conseguimos sair antes do meio-dia e seguir sentido São Bento do Sul. Poucos quilômetros depois encontramos o Flavio. Isso nos deu um ânimo e a certeza de que estávamos perto de casa.
Percebemos logo quando atravessamos a fronteira dos estados, pois a rodovia do lado de Santa Catarina é um lixo, estão tentando arrumar agora mas ainda não passa de uma vergonha de rodovia. Até fiquei menos incomodado por eu estar de MTB.
Aqui não tem água. |
Depois de hidratados retomamos a diversão na montanha russa do planalto catarinense.
Paradinha rápida em Campo Alegre. Já era 13:40 hs.
Toca o bonde que tem mais sobe e desce.
Na "corrida" de quem chega primeiro o Maneca e o Cassiba dispararam na frente, o Flavio precisou fazer uma parada rápida e eu continuei de boa esperando o Flavio se recuperar. Logo ele já estava conectado novamente. Eu também precisava fazer uma parada para me alimentar e resolvemos fazer isso no mirante da serra. Logo depois chegaram o Maneca e o Cassiba que tinham parado antes de descer a serra.
Descemos a serra e precisamos fazer algumas ultrapassagens de caminhões, depois disso a pista era só nossa o que proporcionou vários "peguinhas"a 60 km/h. Assim que chegamos no Rio da Prata a diversão acabou pois furou o pneu da bike do Flavio, por sorte ele fez uma troca rápida.
Tudo o que a gente queria agora era chegar em casa, por isso mesmo com o cansaço o ritmo não caia muito.
Chegamos na BR-101, hora de fazer as despedidas para o Flavio e o Cassiba que iriam para a região norte de Joinville.
Eu e o Maneca seguimos pela BR-101.
No trevo que dá acesso ao Vila Nova me despedi do Maneca para percorrer meus últimos 5 km solo até em casa.
Faltando uns 2 km para chegar em casa ouço um barulho vindo do pneu traseiro. Parei para ver o que era e identifiquei um maldito prego. Arrisquei tirá-lo dai para ver o que acontecia. Por sorte a câmara não furou e a fita antifuro fez o papel dela. Caso o pneu esvaziasse ali eu juro que ia empurrando a bike até em casa.
Cheguei em casa ás 16:15 hs com 223 km rodados. Assim foi mais um dia sobre duas rodas, de conhecer lugares novos na companhia de amigos que gostam de sofrer e superar desafios. Muito obrigado ao Cassiba pelo convite, ao Maneca pela companhia e ao Flavio, nosso "biker resgate". Abraços e até a próxima.
Confira minha pedalada no Garmin:
Confira minha pedalada no Strava:
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