domingo, 7 de fevereiro de 2016

07/02/2016 - São Francisco do Sul - SC (continente)

Mais uma vez fui até Itapoá com a família para passar o final de semana. Claro que a bike teve que ir junto. Dessa vez resolvi trazer a mountain bike para desbravar as estradas de chão da região. Programei um pedal de mais ou menos 100 km para domingo de manhã. No sábado aproveitei para correr e caminhar. Meu objetivo era passar pelas localidades de São Francisco do Sul (carinhosamente chamada de São Chico) que fazem parte do continente. Geralmente quando comentamos dessa histórica cidade logo imaginamos a ilha, mas esquecemos que São Francisco do Sul também tem muitas terras na parte continental. Chegado o dia acordei cedo e já estava pronto para sair, mas ainda estava muito escuro e para não levar as lanternas esperei o dia clarear. As luzes dos postes começaram a se apagar quando saí de casa, eram mais ou menos sete horas. Peguei um trechinho de asfalto e logo entrei em uma rua no meio da mata que dá acesso á SC-416.



Essa estradinha estava muito pesada, composta praticamente de areia e ainda por cima choveu muito na noite anterior.


Na SC-416 pedalei alguns metros até a comunidade da Jaca que dá acesso á Vila da Glória.




A estrava estava uma lama só. A areia molhada e fofa dificultava o rendimento do pedal e haviam muitos trechos de atoleiro. Não teve jeito, tive que sujar a bike e a sapatilha.


A primeira localidade de São Francisco do Sul é a Praia Bonita. Pela primeira vez entrei no acesso para conhecer essa pequena praia às margens da baía da Babitonga que faz jus ao nome.



Porto de Itapoá ao fundo


Fiquei alguns minutos observando as pequenas ondas que chegavam na areia enquanto alguns pescadores tiravam seus barcos da água.


Saí dali e tive que acelerar um pouco, pois alguns cães sarnentos resolveram testar as forças das minhas pernas. Assim logo estava na Vila da Glória.



Nesse trapiche é possível embarcar em passeios até á ilha de São Chico.



Agora a pernada é um pouco maior até a localidade de Estaleiro, felizmente ou infelizmente o progresso já chegou aqui. Da última vez que pedalei por essas bandas esse trecho ainda era de terra.









Em Estaleiro fica o Ferry Boat que corta a baía até a ilha de São Chico na localidade de Laranjeiras. É um passeio de aproximadamente 45 minutos que valem a pena.



Continuei pelo asfalto, agora com direito á ciclofaixa, na região de Frias até chegar no trevo do Gibraltar. O sol se escondeu um pouco de deu lugar á algumas nuvens escuras e uma fina garoa.


Saí do asfalto e a diversão continuou com muita lama e subidas. Tinha esquecido como tem morros no início dessa estrada.



Desmatamento na beira da estrada

Isso é mountain bike
Logo cheguei na pequena localidade de Torno dos Pintos e adiante mais algumas casinhas na localidade de Barrancos. Eu já estava com fome mas a boa e velha Mercearia Baraharas não chegava nunca.


Até que enfim cheguei, parei nesse ponto de ônibus para fazer o meu lanche e descansar um pouco.





Nesse momento passa na minha frente um colega da infância que foi nosso vizinho. O Gilberto Marques Júnior. Há anos não nos víamos e fomos nos encontrar logo aqui.


Segui meu pedal em terras de Garuva para chegar novamente na SC-416 e contornar os morros de São Chico.




Localidade do Sol Nascente
Depois da igreja do Sol Nascente segui pela estrada velha para enfrentar o morro do carrapatinho, se querem descobrir porque desse nome é só sentar do chão e encostar em uma árvore para descansar um pouco. Ao chegar em casa você vai achar os "carinhas" que dão nome ao morro. Há mais de 20 anos meu pai tinha abelhas nessa região e eu vinha com ele algumas vezes. Ao descer o morro a gente dá uma beliscada no asfalto da rodovia e logo já entra á direita de novo para continuar na estrada velha e chegar na comunidade do Bom Futuro.

Localidade do Bom Futuro





Aqui a estrada velha passa ao lado da rodovia nova SC-416.


Agora não teve jeito, tive que agarrar o asfalto.



Mas por poucos quilômetros logo já está o povoado de Saí-Mirim.



Aqui a cidade é Itapoá, mas logo á frente já chego em São Francisco do Sul novamente. Já eram 10:30 hs e eu precisava parar mais um pouco.


O povoado cresceu bastante, até passei pela igreja sem perceber de tantas casas que tinham em volta. Quando era criança eu vinha pra cá e era possível contar no número de casas sem se perder.


Meu pedal seguiu pela estrada de chão se afastando cada vez mais do asfalto. Cheguei na localidade de Saí-Mirim em São Chico.


De longe eu já via os morros e sabia que para chegar na Vila da Glória era preciso passar por cima de um deles.


Quanto mais perto do litoral eu chegava mais quente ficava, por sorte tinha um vento lateral que refrescava.

Vigias da mata.
Passei em frente á entrada da Cachoeira Casarão. Já conheço o lugar e apesar de ser muito lindo hoje eu estava com pouco tempo.


Enfrentei a subida da serrinha e no topo eu tinha a visão da baía da Babitonga, agora é só soltar os freios.


A descida foi muito rápida, nem enjoei, e logo já estava na Vila da Glória novamente.


O difícil foi enfrentar novamente essa estrada pesada depois de 80 km e as pernas bem cansadas.


No asfalto resolvi dar um balão pelo Pontal de Itapoá, assim fecharia a quilometragem em 100 km.




Assim que passei pelo porto começou a chover. Agora pode, eu já estou chegando em casa mesmo e preciso muito disso.



Cheguei em casa ás 12:30 hs, bem a tempo para o almoço, e com pouco mais de 100 km. Assim foi mais um dia para sair da zona de conforto, obter qualidade de vida, encontrar pessoas conhecidas, conversar com outras desconhecidas, rever lugares da infância que agora mudaram muito e conhecer lugares novos. Vamos sair de casa viver a vida de verdade antes que tudo vire uma selva de pedras. Abraços e até a próxima.


Confira minha pedalada no Garmin:

Confira minha pedalada no Strava:

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