segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

31/12/2018 - Morro da Antena - Garuva - SC

No último dia do ano, resolvi explorar a região durante as férias em Itapoá. Fiquei sabendo de um tal morro da antena em Garuva. Alguns falaram em Morro Canta Galo outros diziam que era para outra direção. Bem, como eu tinha poucas informações, saí para um pedal exploratório, com a ajuda do GPS. Fui na direção de Garuva e caso necessário, eu voltaria até São Francisco do Sul para explorar o Canta Galo. O clima estava bom, nublado porém quente. Saí pedalando pelo asfalto, mas logo comecei a acessar as quebradas por estrada de chão que eu já conheço. Parei em um acesso lateral, a princípio sem saída e fui olhando os morros em volta. Passei por uma ponte e cheguei no final da estrada com uma porteira fechando a mesma. Ao lado havia uma casa onde os cães ferozes e famintos por ossos já vieram correndo e latindo. Desci da bike e aguardei a cachorrada se acalmar para fazer uns carinhos neles. Logo o morador e caseiro da propriedade particular já veio para conversar:
- Bom dia! Essa essa estrada está em propriedade particular? - perguntei.
- Bom dia! Sim, eu sou o caseiro. O que você quer?
- Estou procurando o morro da antena, mas não sei bem onde fica.
- É no final dessa estrada.
- Eu posso subir lá? Estou em Itapoá e vim conhecer a região!
- Pode sim, só não saia da estrada. Mas vou te avisando: só tem parede ai, não sei se vai conseguir ir de bicicleta.
- Mas sobe carro né? Então tá de boa rssss.

Agradeci a confiança e gentileza do caseiro e fui pela estrada observando a propriedade. Algumas casas, lagos e um gramado bem cuidado. Logo a estrada foi ficando mais estreita e depois de uma ponte veio a surpresa: a primeira parede.



Continuei subindo, ás vezes pedalando, ás vezes empurrando. Como faz tempo que não chove, a estrada estava bem boa para pedalar, algumas pedras soltas e erosões faziam com que eu perdesse o equilíbrio.


A única coisa que eu ouvia era o barulho das folhas das árvores e o som dos pássaros. Mas em um momento ouvi cães de caça e quem já esteve em sítio conhece bem o latido de cães que estão caçando. E geralmente onde tem esses cães, tem caçadores.


Cheguei no que pensei ser o topo do morro, mas cadê a antena?


Continuei pedalando e a estrada descia, depois tive que subir tudo de novo e mais um pouco. Mais uma descida e mais uma subida e assim foi um bom trecho de um tobogã que já estava ficando chato e eu cada vez mais ansioso.


Depois de uma longa descida e uma longa subida, avistei a antena. Fiquei feliz, pois em alguns momentos chequei a pensar que estava na estrada errada. É um bom sobe e desce até atingir os 542m de altitude.


Assim que cheguei vi uma barraca precariamente montada perto do mato e uma brasa quase se apagando. Ao redor do morro, várias trilhas invadiam a mata que provavelmente tinham diversos destinos.


Fiz meu lanche, mas não demorou muito para eu ouvir pessoas conversando e chegando cada vez mais perto. Estavam subindo por uma das trilhas. Pensei várias coisas naquele momento: podem ser moradores da região, outros exploradores como eu, ou quem sabe os caçadores? Alguns pensamentos ruins passaram por minha cabeça e não esperei para saber quem era ou o que estavam fazendo aí. Dei meia volta na bike e reencontrei o tobogã, agora com mais descida do que subida.


Em um dos pontos da estrada é possível ver o rio Palmital, ou a foz dele no encontro com a baía da Babitonga. Passei pelo caseiro, agradeci a oportunidade e me despedi com um "feliz ano novo". Voltei para a casa da praia muito feliz por mais um objetivo, mais um morro conquistado e bem a tempo de saborear o delicioso almoço. Abraços e até o próximo ano. Feliz ano novo para todos!

Confira minha pedalada no Garmin:

Confira minha pedalada no Strava:

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